Monday, November 19, 2007

REFLEXÃO DO DIA


Nossa tendência inata (embora não pareça) é para o bem e a virtude. O mal e a corrupção nos vêm sempre de fora. Alojam-se, um dia, em nossa alma, e fazem com que sejamos causas de sofrimento a alguém. Este, porém, volta para nós como mola ao ser comprimida: com a mesma intensidade que o causamos. Escritores sabem bem disso. Aos poetas, por exemplo, brotam naturais versos que falem de bondade, beleza e transcendência. Todavia, têm que se esforçar muito para reproduzir maus sentimentos. Pior, ainda, é para romancistas, na criação de personagens maldosos. John Steinbeck afirma, no livro “A Leste do Éden”: “Todos os romances e toda a poesia se baseiam na competição incessante entre o bem e o mal em nós mesmos. ...O mal deve ser constantemente ressuscitado, enquanto o bem, a virtude, é imortal. O vício sempre foi um rosto novo e jovem, enquanto a virtude é venerável como nenhuma outra coisa no mundo”. Felizmente, eu acrescentaria.

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