Uma das nossas deficiências mais comuns é a de não termos, em cada momento da vida, o indispensável senso de proporção e de moderação. Somos uns exagerados! Exageramos na comida, na bebida, nas paixões, nos relacionamentos e vai por aí afora. O mais grave é que esses exageros, quase sempre, são dos tais que nos prejudicam e trazem inúmeros (e desnecessários) sofrimentos. Já que é para exagerar, por que não exagerarmos, por exemplo, no amor, na bondade, na cordialidade, nas amizades e em todas as demais virtudes? Por que não usufruir um exagero de felicidade? Ou por influência do meio, ou por deficiência de educação, ou por causa da nossa personalidade, exageramos no que nunca deveríamos exagerar. É de Anatole France esta constatação: “Se exagerássemos nossas alegrias, como fazemos com nossos sofrimentos, nossos problemas perderiam importância”. Por que não agir assim? É muito mais fácil do que pensamos e infinitamente mais compensador.
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