A beleza nem sempre é sinônimo de bondade ou de excelência. Não se pode esquecer, por exemplo, que Lúcifer era o anjo mais belo junto ao trono de Deus e, no entanto, constituiu-se no paradigma (e fonte) de toda a maldade no universo. Uma bela flor encanta e alegra, mas sua beleza é efêmera: não tarda para murchar, secar, fenecer e morrer. Uma pessoa bela envelhece e perde o viço que a caracterizou na juventude. Há, porém, um tipo de beleza que não é passageiro e que tende a se acentuar à medida em que o tempo passa: é a interior, ditada por um coração compreensivo, por atos de bondade e amor e por irrestrita solidariedade. Este tipo é insuperável. Desperta irresistível paixão. Por isso, não se pode deixar de dar razão ao filósofo José Ortega y Gasset quando afirma: “A beleza que atrai raras vezes coincide com a beleza que apaixona”. Quando há essa feliz coincidência... ela se torna insuperável, imbatível, desejável e gloriosa.
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