Pedro J. Bondaczuk
(Fotos: Arquivo e sites da FIFA e da Associação Atlética Ponte Preta)
JORNADA DESASTROSA
Foi um desastre a jornada da Ponte Preta, sábado, em Salvador, quando foi goleada, no Estádio Manuel Barradas, pelo apenas razoável Vitória, por 4 a 0. Foi um jogo para o time e a torcida esquecerem. Mais uma vez, a defesa mostrou toda a sua fragilidade, desta feita jogando (ao contrário do que havia ocorrido em Marília) com a zaga titular: Anderson e Emerson. A Ponte até que começou o jogo muito bem. Em sete minutos, já havia perdido três chances claras de gol. Mas prevaleceu a velha máxima do futebol: “quem não faz, toma”. E o castigo não tardou a vir. A Macaca tomou logo três gols, em seqüência, todos frutos de falhas incríveis da sua defesa, o que lhe tirou qualquer possibilidade de sair com pelo menos um ponto de Salvador. E olhem que ficou barato. O placar bem que poderia ser bem mais elástico. Para o Vitória, foi o jogo da vingança. Afinal, em 2004, foi a Ponte Preta que rebaixou o time baiano para a Série B, dando início à sua rápida decadência, que chegou a o levar à Série C. Além disso, o rubro-negro jamais havia vencido a alvinegra campineira, tanto em Campinas, quanto em Salvador, em toda a história. É verdade que os comandados de Nelsinho Baptista jogaram boa parte da partida com nove jogadores, por causa das expulsões de Heverton e de Emerson. Como sempre, a arbitragem foi caseira e interferiu no resultado. Mas a Ponte foi goleada não por causa do homem do apito, mas em decorrência das suas muitas e gritantes deficiências.
POUCOS SE SALVARAM
Foram poucos os jogadores da Ponte Preta que se salvaram, sábado, na péssima jornada do time, em Salvador, oportunidade em que a alvinegra campineira foi goleada pelo Vitória, por 4 a 0. Um dos que não decepcionaram foi o jovem atacante Wanderley, que vem crescendo de produção, de jogo para jogo, e conquistando, ao poucos, o coração da exigente torcida pontepretana. Pena que tivesse que ser substituído, logo após a expulsão de Heverton, para que o treinador pudesse recompor o meio de campo. Muitos culpam Denis pelo primeiro gol do Vitória, por haver rebatido a falta, muito bem cobrada (se não me falha a memória, por Índio). Discordo. O jovem goleiro estava com a visão encoberta pela barreira, que se abriu na hora do chute. Fez, inclusive, uma defesa difícil, de reflexo, mas a zaga não deu a devida cobertura, permitindo que Joãozinho tocasse a bola, livre, para a rede. Ademais, Denis fez três defesas fundamentais, que impediram que o vexame fosse ainda maior. Destaco, por questão de justiça, as atuações de Julio César, pelo esforço, e de Alê, que depois que entrou, se mostrou o jogador mais lúcido da Ponte Preta em campo. Roger até que lutou muito, mas está devendo futebol. Da minha parte, o deixaria uns dois ou três jogos no banco de reservas, já que a Ponte conta com pelo menos quatro opções melhores para essa posição: Michel, Leo Mineiro, Alex Terra e Anderson Luiz.
MICHEL TERIA CAMISA NO TIME
O jovem atacante Michel, que a Ponte Preta contratou junto ao Guaratinguetá, tem que ter camisa neste time. Nos cinco jogos em que atuou (em alguns, é verdade, não tão bem quanto em outros) participou, de uma forma ou de outra, de cinco gols, dos treze marcados pelo ataque pontepretano. Ajudou a equipe ou sofrendo pênaltis, ou dando passes para os companheiros fazerem, ou ele próprio fazendo. Ainda assim, tem sido preterido pelo treinador, que de uns jogos para cá, não vem utilizando o atleta sequer no segundo tempo. Michel já mostrou que é um bom driblador. Seus dribles, desconcertantes, quase sempre resultam em algo positivo. Na pior das hipóteses, sofre faltas frontais à meta adversária, que deveriam servir de opção à equipe quando enfrenta defesa muito fechadas (e na Série B, todas são). Aliás, uma das deficiências da Ponte Preta, e de há já muitíssimo tempo, é esta. Ou seja, a ausência de bons batedores de faltas. A Macaca passa anos, campeonatos inteiros, sem fazer um único gol desse tipo. Isso só faz aumentar, e muito, a saudade do Mestre Dicá, que punha a bola onde queria e nos momentos mais críticos das partidas. Não chego a exigir tanto, claro. Craques, como ele, são absolutas raridades no panorama atual do futebol brasileiro. Mas ter no elenco um razoável batedor de faltas, que faça pelo menos dois gols por temporada, convenhamos, não é pedir demais. Ou é?!
DEFESA É O CALCANHAR DE AQUILES
Em mais um ano, o ponto vulnerável da Ponte Preta volta a ser sua defesa. O miolo de zaga do time é muito, muito lento, impedindo, inclusive, que o técnico Nelsinho Baptista adote um esquema mais ofensivo para a equipe, agora que conta com várias opções do meio para a frente. A saída de Gabriel, que se transferiu para o Sport Recife, não teve a devida reposição. Há tempos defendo a entrada do jovem Alexandre Black, no lugar ou de Emerson ou de Anderson, a despeito da sua juventude e inexperiência. Nas raras vezes que jogou, o jovem zagueiro nunca comprometeu. E, para ganhar confiança (própria e do treinador e da torcida) precisará, claro, de uma seqüência de jogos, o que nunca ocorreu desde que foi promovido para o time de cima. Por que esse medo de aproveitar jogadores provenientes dos juniores? Os grandes zagueiros que a Ponte teve ao longo da sua história (e teve muitos e excelentes, que chegaram a ser titulares da Seleção Brasileira, como Oscar, Juninho, Nenê, Polozzi etc.) ganharam a titularidade entrando na fogueira. Por que o mesmo não pode acontecer com Alexandre Black? Se não tiver chances, claro, o jovem zagueiro nunca poderá mostrar suas qualidades.
SELEÇÃO JOGOU DE SALTO ALTO
Assisti o tape do jogo de estréia da Seleção Brasileira Sub-20, no Campeonato Mundial da categoria, que se disputa no Canadá, e não gostei do que vi. Não tanto pela derrota por 1 a 0, para a limitada Polônia (que está longe de ser uma das favoritas à conquista do título), embora qualquer derrota seja amarga, e não só no futebol, mas em qualquer atividade na vida. Percebi que os meninos jogaram de salto alto, achando que ganhariam o jogo na hora que quisessem. Não ganharam. Tocaram muito a bola, com excesso de preciosismo, como se essa não fosse uma partida de um Campeonato Mundial, mas meramente um jogo de exibição. Os atacantes praticamente não chutaram a gol e o goleiro polonês não chegou a ser incomodado em momento algum, se constituindo em mero e privilegiado expectador. A Seleção centralizou as jogadas em Alexandre Pato que, mesmo tendo alguns lampejos, bem marcado, esteve longe de se constituir naquele jogador brilhante da conquista do sul-americano da categoria, no início do ano. Curiosamente, o gol que Cássio tomou, de falta, foi muito parecido com o sofrido por Doni, na derrota dos comandados de Dunga, para o México, pela Copa América. Ou seja, armou mal a barreira e pulou atrasado na bola. Agora, os garotos têm a difícil missão de vencer bem a Coréia do Sul e os Estados Unidos, se quiserem aspirar a alguma coisa que não seja a mera figuração neste Mundial.
SÓ DEU ROBINHO
A Seleção Brasileira titular voltou a decepcionar, em seu segundo jogo pela Copa América, que se disputa na Venezuela, depois de ter sido derrotada pelo México, na estréia. É verdade que venceu, mas graças, apenas, à performance individual de Robinho, que enlouqueceu a violenta defesa do Chile e foi o autor dos três gols brasileiros (um dos quais de pênalti), na vitória obtida, ontem, por 3 a 0. Mas não convenceu. Tanto a defesa, quanto o meio de campo do Brasil mostraram graves deficiências técnicas. Os zagueiros postaram-se mal em campo e em várias oportunidades foram vencidos pelos atacantes chilenos. Mineiro cresceu de produção, em relação ao jogo de estréia, mas Gilberto Silva e Elano voltaram a decepcionar. No meio, Anderson ciscou, ciscou, mas não rendeu nada de útil. Esteve mais preocupado em cavar faltas, e em azucrinar o fraco árbitro paraguaio, Carlos Torres, do que em jogar bola. Wagner Love, isolado na frente, pouco pegou na bola. Ainda assim, acabou sendo decisivo, por sua participação nos dois primeiros gols brasileiros. No primeiro, sofreu pênalti, uma infantilidade do zagueiro chileno. No segundo, deu um passe açucarado para Robinho. O terceiro gol, sim, foi uma pintura. Valeu o ingresso, pela sua plasticidade. Robinho recebeu a bola perto do meio de campo, deu um drible da vaca num zagueiro adversário, cortou outro e acertou um forte e certeiro chute da entrada da grande área, que entrou no canto direito, bem rente à trave. Espera-se um rendimento um pouco melhor da Seleção no jogo desta quarta-feira, contra o Equador. Mas que seja do time todo, e não apenas da sua principal estrela.
RESPINGOS...
· Achei fraquíssimo o clássico de sábado, no Morumbi, entre o Palmeiras e o Corinthians, vencido pelo time alviverde por 1 a 0. Sem Finazzi, o ataque corintiano não existe. Ruim com ele, muito pior sem ele.
· Jogão, mesmo, foi o clássico carioca, entre o Botafogo e o Fluminense, na inauguração do belíssimo Estádio João Havelange, vencido, de virada, pelo time da estrela solitária, por 2 a 1. Se não caírem de produção, os comandados de Cuca são favoritíssimos à conquista do Campeonato Brasileiro deste ano. Mas muita água ainda vai rolar por baixo da ponte, claro.
· O Santos, tentando remontar o time em plena competição, continua patinando. Não saiu de um empate, sem gols, com o Grêmio, na Vila Belmiro, num jogo que foi para lá de pobre, em termos técnicos. Foi indigente.
· Aos poucos, Dorival Junior vai dando um jeito no Cruzeiro. Sábado, o time estrelado de BH derrotou, com folga, o Vasco da Gama, no Mineirão, por 3 a 1.
· Quem não anda bem das pernas é o Internacional. A torcida já quer a cabeça do técnico Gallo. Foi o que pediu, em coro, sábado, no Beira-Rio, no empate com o Atlético Mineiro, por 1 a 1.
· E fim de papo por hoje. Entre em contato, para críticas e sugestões.
pedrojbk@hotmail.com
(Fotos: Arquivo e sites da FIFA e da Associação Atlética Ponte Preta)
JORNADA DESASTROSA
Foi um desastre a jornada da Ponte Preta, sábado, em Salvador, quando foi goleada, no Estádio Manuel Barradas, pelo apenas razoável Vitória, por 4 a 0. Foi um jogo para o time e a torcida esquecerem. Mais uma vez, a defesa mostrou toda a sua fragilidade, desta feita jogando (ao contrário do que havia ocorrido em Marília) com a zaga titular: Anderson e Emerson. A Ponte até que começou o jogo muito bem. Em sete minutos, já havia perdido três chances claras de gol. Mas prevaleceu a velha máxima do futebol: “quem não faz, toma”. E o castigo não tardou a vir. A Macaca tomou logo três gols, em seqüência, todos frutos de falhas incríveis da sua defesa, o que lhe tirou qualquer possibilidade de sair com pelo menos um ponto de Salvador. E olhem que ficou barato. O placar bem que poderia ser bem mais elástico. Para o Vitória, foi o jogo da vingança. Afinal, em 2004, foi a Ponte Preta que rebaixou o time baiano para a Série B, dando início à sua rápida decadência, que chegou a o levar à Série C. Além disso, o rubro-negro jamais havia vencido a alvinegra campineira, tanto em Campinas, quanto em Salvador, em toda a história. É verdade que os comandados de Nelsinho Baptista jogaram boa parte da partida com nove jogadores, por causa das expulsões de Heverton e de Emerson. Como sempre, a arbitragem foi caseira e interferiu no resultado. Mas a Ponte foi goleada não por causa do homem do apito, mas em decorrência das suas muitas e gritantes deficiências.
POUCOS SE SALVARAM
Foram poucos os jogadores da Ponte Preta que se salvaram, sábado, na péssima jornada do time, em Salvador, oportunidade em que a alvinegra campineira foi goleada pelo Vitória, por 4 a 0. Um dos que não decepcionaram foi o jovem atacante Wanderley, que vem crescendo de produção, de jogo para jogo, e conquistando, ao poucos, o coração da exigente torcida pontepretana. Pena que tivesse que ser substituído, logo após a expulsão de Heverton, para que o treinador pudesse recompor o meio de campo. Muitos culpam Denis pelo primeiro gol do Vitória, por haver rebatido a falta, muito bem cobrada (se não me falha a memória, por Índio). Discordo. O jovem goleiro estava com a visão encoberta pela barreira, que se abriu na hora do chute. Fez, inclusive, uma defesa difícil, de reflexo, mas a zaga não deu a devida cobertura, permitindo que Joãozinho tocasse a bola, livre, para a rede. Ademais, Denis fez três defesas fundamentais, que impediram que o vexame fosse ainda maior. Destaco, por questão de justiça, as atuações de Julio César, pelo esforço, e de Alê, que depois que entrou, se mostrou o jogador mais lúcido da Ponte Preta em campo. Roger até que lutou muito, mas está devendo futebol. Da minha parte, o deixaria uns dois ou três jogos no banco de reservas, já que a Ponte conta com pelo menos quatro opções melhores para essa posição: Michel, Leo Mineiro, Alex Terra e Anderson Luiz.
MICHEL TERIA CAMISA NO TIME
O jovem atacante Michel, que a Ponte Preta contratou junto ao Guaratinguetá, tem que ter camisa neste time. Nos cinco jogos em que atuou (em alguns, é verdade, não tão bem quanto em outros) participou, de uma forma ou de outra, de cinco gols, dos treze marcados pelo ataque pontepretano. Ajudou a equipe ou sofrendo pênaltis, ou dando passes para os companheiros fazerem, ou ele próprio fazendo. Ainda assim, tem sido preterido pelo treinador, que de uns jogos para cá, não vem utilizando o atleta sequer no segundo tempo. Michel já mostrou que é um bom driblador. Seus dribles, desconcertantes, quase sempre resultam em algo positivo. Na pior das hipóteses, sofre faltas frontais à meta adversária, que deveriam servir de opção à equipe quando enfrenta defesa muito fechadas (e na Série B, todas são). Aliás, uma das deficiências da Ponte Preta, e de há já muitíssimo tempo, é esta. Ou seja, a ausência de bons batedores de faltas. A Macaca passa anos, campeonatos inteiros, sem fazer um único gol desse tipo. Isso só faz aumentar, e muito, a saudade do Mestre Dicá, que punha a bola onde queria e nos momentos mais críticos das partidas. Não chego a exigir tanto, claro. Craques, como ele, são absolutas raridades no panorama atual do futebol brasileiro. Mas ter no elenco um razoável batedor de faltas, que faça pelo menos dois gols por temporada, convenhamos, não é pedir demais. Ou é?!
DEFESA É O CALCANHAR DE AQUILES
Em mais um ano, o ponto vulnerável da Ponte Preta volta a ser sua defesa. O miolo de zaga do time é muito, muito lento, impedindo, inclusive, que o técnico Nelsinho Baptista adote um esquema mais ofensivo para a equipe, agora que conta com várias opções do meio para a frente. A saída de Gabriel, que se transferiu para o Sport Recife, não teve a devida reposição. Há tempos defendo a entrada do jovem Alexandre Black, no lugar ou de Emerson ou de Anderson, a despeito da sua juventude e inexperiência. Nas raras vezes que jogou, o jovem zagueiro nunca comprometeu. E, para ganhar confiança (própria e do treinador e da torcida) precisará, claro, de uma seqüência de jogos, o que nunca ocorreu desde que foi promovido para o time de cima. Por que esse medo de aproveitar jogadores provenientes dos juniores? Os grandes zagueiros que a Ponte teve ao longo da sua história (e teve muitos e excelentes, que chegaram a ser titulares da Seleção Brasileira, como Oscar, Juninho, Nenê, Polozzi etc.) ganharam a titularidade entrando na fogueira. Por que o mesmo não pode acontecer com Alexandre Black? Se não tiver chances, claro, o jovem zagueiro nunca poderá mostrar suas qualidades.
SELEÇÃO JOGOU DE SALTO ALTO
Assisti o tape do jogo de estréia da Seleção Brasileira Sub-20, no Campeonato Mundial da categoria, que se disputa no Canadá, e não gostei do que vi. Não tanto pela derrota por 1 a 0, para a limitada Polônia (que está longe de ser uma das favoritas à conquista do título), embora qualquer derrota seja amarga, e não só no futebol, mas em qualquer atividade na vida. Percebi que os meninos jogaram de salto alto, achando que ganhariam o jogo na hora que quisessem. Não ganharam. Tocaram muito a bola, com excesso de preciosismo, como se essa não fosse uma partida de um Campeonato Mundial, mas meramente um jogo de exibição. Os atacantes praticamente não chutaram a gol e o goleiro polonês não chegou a ser incomodado em momento algum, se constituindo em mero e privilegiado expectador. A Seleção centralizou as jogadas em Alexandre Pato que, mesmo tendo alguns lampejos, bem marcado, esteve longe de se constituir naquele jogador brilhante da conquista do sul-americano da categoria, no início do ano. Curiosamente, o gol que Cássio tomou, de falta, foi muito parecido com o sofrido por Doni, na derrota dos comandados de Dunga, para o México, pela Copa América. Ou seja, armou mal a barreira e pulou atrasado na bola. Agora, os garotos têm a difícil missão de vencer bem a Coréia do Sul e os Estados Unidos, se quiserem aspirar a alguma coisa que não seja a mera figuração neste Mundial.
SÓ DEU ROBINHO
A Seleção Brasileira titular voltou a decepcionar, em seu segundo jogo pela Copa América, que se disputa na Venezuela, depois de ter sido derrotada pelo México, na estréia. É verdade que venceu, mas graças, apenas, à performance individual de Robinho, que enlouqueceu a violenta defesa do Chile e foi o autor dos três gols brasileiros (um dos quais de pênalti), na vitória obtida, ontem, por 3 a 0. Mas não convenceu. Tanto a defesa, quanto o meio de campo do Brasil mostraram graves deficiências técnicas. Os zagueiros postaram-se mal em campo e em várias oportunidades foram vencidos pelos atacantes chilenos. Mineiro cresceu de produção, em relação ao jogo de estréia, mas Gilberto Silva e Elano voltaram a decepcionar. No meio, Anderson ciscou, ciscou, mas não rendeu nada de útil. Esteve mais preocupado em cavar faltas, e em azucrinar o fraco árbitro paraguaio, Carlos Torres, do que em jogar bola. Wagner Love, isolado na frente, pouco pegou na bola. Ainda assim, acabou sendo decisivo, por sua participação nos dois primeiros gols brasileiros. No primeiro, sofreu pênalti, uma infantilidade do zagueiro chileno. No segundo, deu um passe açucarado para Robinho. O terceiro gol, sim, foi uma pintura. Valeu o ingresso, pela sua plasticidade. Robinho recebeu a bola perto do meio de campo, deu um drible da vaca num zagueiro adversário, cortou outro e acertou um forte e certeiro chute da entrada da grande área, que entrou no canto direito, bem rente à trave. Espera-se um rendimento um pouco melhor da Seleção no jogo desta quarta-feira, contra o Equador. Mas que seja do time todo, e não apenas da sua principal estrela.
RESPINGOS...
· Achei fraquíssimo o clássico de sábado, no Morumbi, entre o Palmeiras e o Corinthians, vencido pelo time alviverde por 1 a 0. Sem Finazzi, o ataque corintiano não existe. Ruim com ele, muito pior sem ele.
· Jogão, mesmo, foi o clássico carioca, entre o Botafogo e o Fluminense, na inauguração do belíssimo Estádio João Havelange, vencido, de virada, pelo time da estrela solitária, por 2 a 1. Se não caírem de produção, os comandados de Cuca são favoritíssimos à conquista do Campeonato Brasileiro deste ano. Mas muita água ainda vai rolar por baixo da ponte, claro.
· O Santos, tentando remontar o time em plena competição, continua patinando. Não saiu de um empate, sem gols, com o Grêmio, na Vila Belmiro, num jogo que foi para lá de pobre, em termos técnicos. Foi indigente.
· Aos poucos, Dorival Junior vai dando um jeito no Cruzeiro. Sábado, o time estrelado de BH derrotou, com folga, o Vasco da Gama, no Mineirão, por 3 a 1.
· Quem não anda bem das pernas é o Internacional. A torcida já quer a cabeça do técnico Gallo. Foi o que pediu, em coro, sábado, no Beira-Rio, no empate com o Atlético Mineiro, por 1 a 1.
· E fim de papo por hoje. Entre em contato, para críticas e sugestões.
pedrojbk@hotmail.com
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