O amor, quer admitamos, quer não, é a maior riqueza que podemos conquistar e a única que vale a pena buscar. Encanta e justifica toda uma vida. Claro que não me refiro, aqui, à mera paixão que, em, geral, é intensa, às vezes incontrolável, gostosa enquanto dura, mas que em pouco tempo se consome e deixa somente o vazio e a amargura na alma dos apaixonados. Um dos textos mais expressivos que li a respeito é de Victor Hugo, que diz, em determinado trecho: “Encontrei na rua um rapaz muito pobre que estava amando. O chapéu era velho, o casaco surrado, a água atravessava-lhe os sapatos e as estrelas atravessavam-lhe a alma”. O referido personagem não sentia as agruras físicas, ou seja, nem dor, nem fome, nem frio nem mesmo a miséria. Estava em outra esfera da vida, como que hipnotizado, e sentia-se, na verdade, o mais rico dos mortais. Milhões de estrelas de luz iluminavam-lhe a alma e emolduravam seu soberano amor.
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