Pedro J. Bondaczuk
O dia 20 de julho próximo marca três eventos importantes, dois de caráter mundial e o terceiro restrito ao Brasil. Um é a descida, há 39 anos, de Neil Armstrong, o primeiro homem a pôr os pés na Lua, no satélite natural da Terra, aventura repetida, posteriormente, por outros astronautas, porém jamais superada.
O segundo fato, mais restrito, porém não menos importante para a cultura do País, é a fundação, há 110 anos, graças à coragem e ao idealismo de Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras. O terceiro evento, finalmente, refere-se aos nossos relacionamentos. A data marca o Dia Internacional da Amizade. Evoca, portanto, ciência, arte e comportamento.
Falar da odisséia na Lua chega a ser redundante. Praticamente tudo o que havia a dizer a esse respeito foi dito. Mas essa conquista da ciência, da técnica e do arrojo humanos tem uma lição importante para nós: é a de que, quando realmente quer, trabalha em equipe e está disposto a ousar, o homem é capaz de superar suas limitações e operar maravilhas.
Da mesma forma como se lançou no espaço inóspito e conseguiu sair do seu domo cósmico, caso queira, tem o poder de dominar seu egoísmo, seus instintos e suas contradições e estabelecer, na própria Terra, um paraíso de justiça e paz.
A colisão dos 21 fragmentos do cometa Shomacker-Levy-9, em julho de 1994, com Júpiter, deveria servir, mais do que de objeto de estudo astronômico, como reflexão acerca da pequenez e da impotência humanas diante das grandes forças universais.
Da mesma forma como o choque ocorreu com o maior planeta do Sistema Solar, ou seja, por acaso, poderia acontecer com o nosso. E a esta altura já não estaríamos mais correndo atrás do que julgamos importantíssimo, mas não é, como a fortuna, a fama e sobretudo o poder.
A homem está exposto, a cada segundo, a riscos concretos, de toda espécie, que sequer imagina. Por milhões de razões, pode morrer a qualquer instante e, no entanto, nunca pára para pensar nessa possibilidade permanente e aterradora.
Julga-se poderoso e invulnerável, embora não o sendo. Essa, aliás, é a marca registrada humana: a contradição. É a possibilidade de obrar maravilhas e praticar atrocidades; é a convivência cotidiana entre o anjo e o demônio; é a submissão a Eros e a Tanatos, ao instinto de auto-preservação e ao de destruição.
Daí ser relevante esse sentimento nobilíssimo, e cada vez mais raro, da amizade, mediante o qual uma pessoa se dedica a outra, espontânea e desinteressadamente, e por uma razão que ninguém ainda conseguiu explicar objetivamente.
O dia 20 de julho próximo marca três eventos importantes, dois de caráter mundial e o terceiro restrito ao Brasil. Um é a descida, há 39 anos, de Neil Armstrong, o primeiro homem a pôr os pés na Lua, no satélite natural da Terra, aventura repetida, posteriormente, por outros astronautas, porém jamais superada.
O segundo fato, mais restrito, porém não menos importante para a cultura do País, é a fundação, há 110 anos, graças à coragem e ao idealismo de Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras. O terceiro evento, finalmente, refere-se aos nossos relacionamentos. A data marca o Dia Internacional da Amizade. Evoca, portanto, ciência, arte e comportamento.
Falar da odisséia na Lua chega a ser redundante. Praticamente tudo o que havia a dizer a esse respeito foi dito. Mas essa conquista da ciência, da técnica e do arrojo humanos tem uma lição importante para nós: é a de que, quando realmente quer, trabalha em equipe e está disposto a ousar, o homem é capaz de superar suas limitações e operar maravilhas.
Da mesma forma como se lançou no espaço inóspito e conseguiu sair do seu domo cósmico, caso queira, tem o poder de dominar seu egoísmo, seus instintos e suas contradições e estabelecer, na própria Terra, um paraíso de justiça e paz.
A colisão dos 21 fragmentos do cometa Shomacker-Levy-9, em julho de 1994, com Júpiter, deveria servir, mais do que de objeto de estudo astronômico, como reflexão acerca da pequenez e da impotência humanas diante das grandes forças universais.
Da mesma forma como o choque ocorreu com o maior planeta do Sistema Solar, ou seja, por acaso, poderia acontecer com o nosso. E a esta altura já não estaríamos mais correndo atrás do que julgamos importantíssimo, mas não é, como a fortuna, a fama e sobretudo o poder.
A homem está exposto, a cada segundo, a riscos concretos, de toda espécie, que sequer imagina. Por milhões de razões, pode morrer a qualquer instante e, no entanto, nunca pára para pensar nessa possibilidade permanente e aterradora.
Julga-se poderoso e invulnerável, embora não o sendo. Essa, aliás, é a marca registrada humana: a contradição. É a possibilidade de obrar maravilhas e praticar atrocidades; é a convivência cotidiana entre o anjo e o demônio; é a submissão a Eros e a Tanatos, ao instinto de auto-preservação e ao de destruição.
Daí ser relevante esse sentimento nobilíssimo, e cada vez mais raro, da amizade, mediante o qual uma pessoa se dedica a outra, espontânea e desinteressadamente, e por uma razão que ninguém ainda conseguiu explicar objetivamente.
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