Saturday, June 26, 2010




Soneto à doce amada – LXXVI

Pedro J. Bondaczuk

Tangem sinos, tangem tristes sinos
nesta quietude crepuscular.
Seus tons, ora graves, ora finos,
são convites para recordar.

Sinos que comovem a minha alma,
sons que a quietude da tarde cortam,
impõem silêncio...e paz...e calma...
Ora nos lamentam, ora exortam.

Sinos de tragédias e vitórias,
depositários, fiéis guardiões
de lendas, de mitos e de histórias.

Saudades de uma era passada...
Lembranças urgentes, peremptórias,
do seu corpo, de você amada...

(Soneto composto em Campinas, em 16 de outubro de 1965).

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