É preciso manter os sentidos alertas para apreciar convenientemente as belezas de uma manhã de sol. Nem todos têm essa capacidade. Coitados! Não sabem o que perdem! É como ensinava Confúcio: "Todos comem e bebem, mas quão poucos sabem distinguir os sabores!". São candidatos à frustração, à amargura, ao desencanto, quando perceberem que tudo o que tanto desejaram e pelo que lutaram, muitas vezes usando expedientes cruéis e desleais, não passou de imensa ilusão. O poder é escorregadio como um peixe. Ou é como aquela areia fininha que escorre por entre os nossos dedos quando fechamos a mão para tentar retê-lo. A glória? Coisa risível. O amor? Em geral (claro que há abençoadas exceções) não passa de jogo de interesses. A fortuna? É juntada para os outros e raras vezes traz benefícios a quem a junta. Restam a beleza, a bondade, a amizade e a solidariedade, entre tantas coisas boas, que em geral desprezamos.
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