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A atividade em que mais conflitam instinto e razão é a religião. Instintivamente, por medo, recorremos sempre a um ser superior, de grande poder, que nos proteja de fenômenos que não compreendemos e que nos "ameaçam". O desconhecido sempre atemoriza. Nas religiões mais primitivas, as divindades (são múltiplas) são iracundas, eróticas, vingativas, com as piores características humanas e que se impõem pela força. Só indivíduos com racionalidade desenvolvida entendem que essa sabedoria universal, que criou e rege com leis simples e imutáveis galáxias, estrelas, planetas e tudo o que há; que fez a matéria e a energia e que mantém tudo funcionando com a precisão de um relógio, é construtiva, positiva, paternal e protetora. É amor e não rancor. Tanto que deu o próprio filho à humanidade, cuja morte na cruz nos resgatou da inexorável destruição. É, pois, Deus de bondade e compaixão, que não requer de nós sacrifícios ou pavores, apenas fé.
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