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O ensaísta norte-americano Ralph Waldo Emerson, autor, entre outros, de dois livros hoje considerados clássicos no mundo da cultura, "Ensaios" e "Diários"‚ é , ao lado de Henry David Thoreau e de Montaigne, um dos meus preferidos. Essa preferência pelo escritor de Boston deve-se, exatamente, ao fato dele ser uma espécie de contraponto a esses dois. Trata-se de um intelectual positivo, que crê na racionalidade humana e põe como limite ao talento e à criatividade – não especificamente literários – "as estrelas". Ou seja, recomenda que ousemos, que busquemos esgotar nossas potencialidades, que sejamos autoconfiantes, auto-disciplinados e até obstinados na busca do topo, do ápice, do cume da nossa atividade. Thoreau, por outro lado, é amargo em determinados ensaios, embora defensor radical da individualidade. E Montaigne é um verdadeiro "cirurgião da alma humana".
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