A mais fascinante (e importante) descoberta que um homem pode fazer ao longo da sua vida não se refere a algum princípio científico, ou processo tecnológico, ou localização de planetas ou galáxias desconhecidos. É a da sua própria pessoa. Não nos conhecemos, embora achemos que sim. Não sabemos qual é o nosso verdadeiro potencial e sequer temos noção da quantidade (e qualidade) do acervo de informações, sensações e emoções "estocado" em nosso subconsciente. A forma de realizarmos esta aventura, essa caça ao tesouro, essa busca da pedra filosofal da suprema sabedoria, é uma só: a meditação.
1 comment:
Fez-me relembrar um texto de Nietzsche:
“Nós, homens do conhecimento. Não nos conhecemos; de nós mesmos somos desconhecidos – e não sem motivo. Nunca nos procuramos: como poderia acontecer que um dia nos encontrássemos? Com razão alguém disse 'onde estiver teu tesouro estará também teu coração'. Nosso tesouro está onde estão as colméias do nosso conhecimento. Estamos sempre a caminho delas, sendo por natureza criaturas aladas e coletoras de mel do espírito, tendo no coração apenas um propósito – levar algo 'para casa'. Quanto ao mais da vida, as chamadas vivências, qual de nós pode levá-las a sério? Ou ter tempo para elas? Nas experiências presentes, receio, estamos sempre 'ausentes': nelas não temos nosso coração – para elas não temos ouvidos.”
Genealogia da moral; (prólogo) - Friedrich Nietzsche
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