Saturday, November 28, 2009




Soneto à doce amada – XLVIII

Pedro J. Bondaczuk

Repousar em seus braços esquivos,
em seu colo quente e perfumado,
pesquisando os seus olhos tão vivos,
e o seu corpo, tão rijo e dourado;

sentir tudo o que você sente
nas contrações, no suave espasmo,
mergulhar em sua carne quente
e levá-la, comigo, ao orgasmo;

ser, pra sempre, único e primeiro,
nunca escravo nem nunca senhor
porém sempre fiel companheiro

nos momentos de riso e de dor.
Tê-la entregue a mim, por inteiro:
este é o meu maior sonho de amor!

(Soneto composto em São Caetano do Sul, em 27 de abril de 1964).

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