Discordo de Sören Kierkegaard quando faz esta indagação e completa com uma amarga confissão: "O que trará o futuro? Não sei, nada pressinto. Se uma aranha, partindo de um ponto fixo, precipitar-se em direção a suas conseqüências, verá sempre um espaço vazio à sua frente, no qual em parte alguma poderá fincar pé, por mais que se debata. Assim é comigo: à minha frente, sempre um espaço vazio. Esta vida é às avessas e medonha, insuportável". Não acho que o seja. É bom que haja o vazio, para que o preenchamos com atos construtivos e marcantes. Não creio em determinismos. Podemos e devemos atuar no que vai nos acontecer. Não gostaria de saber o que há à minha frente. Se fosse coisa ruim, o sofrimento seria duplo: o antecipado ao fato e quando este ocorresse. Se fosse muito boa, perderia a delícia do fator surpresa. Só me importa o que posso, devo e vou fazer agora, no presente. O futuro só a Deus pertence.
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