O homem, neste início de milênio, parece ter perdido a sua velocidade para cima. Não, evidentemente, no aspecto literal. Afinal, foi nesse período de pouco mais de 100 anos que desenvolveu um veículo mais pesado do que o ar, hoje um meio de transporte corriqueiro, que lhe possibilitou voar como os pássaros. Também foi nele que ultrapassou os limites do Planeta e passeou na Lua, deixando impressas no solo lunar as marcas de sua pegada. E que, de quebra, enviou sondas aos confins do Sistema Solar. Nesse aspecto, não há como negar, evoluiu miraculosamente. Obrou maravilhas nunca antes sonhadas. O que de fato perdeu foi a noção de ideal. Abriu mão de um sentido mais grandioso para a vida e da tentativa de encontrar uma explicação para sua origem e destino. Tornou-se ferozmente materialista, escravo da alta tecnologia, em detrimento do desenvolvimento espiritual. Amesquinhou-se. Robotizou-se. Perdeu a rota do seu destino.
No comments:
Post a Comment