Saturday, November 21, 2009




Soneto à doce amada – XLVII

Pedro J. Bondaczuk

Revendo velhas lembranças,
de tristes, vazios dias,
de serenatas, andanças,
de noitadas, boêmias;

revendo amargos momentos
de brigas, de malquerer,
e todos os sofrimentos
que tive, pra te esquecer;

triste, sem nada dizer,
pude, somente, sorrir
e imensa mágoa sentir!

Tentava, deves saber,
evitar de me perder:
de ti, pra sempre, fugir!

(Soneto composto em São Caetano do Sul, em 14 de abril de 1964).

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