Thursday, May 28, 2009

REFLEXÂO DO DIA


A imaginação, se ou quando bem-utilizada, nos é altamente benigna. Serve-nos de consolo por aquilo que não conseguimos (e que não podemos) ser, permitindo-nos apelar para outras características ao nosso alcance, que compensem nossas fraquezas e nos valorizem. Ademais, nos possibilita que venhamos a desenvolver senso de humor. Que, em vez de nos afligirmos com nossas trapalhadas e deficiências, possamos rir delas, sem qualquer complexo ou constrangimento. Apenas pessoas que confiam no que são (e no que podem), sabem rir dos próprios defeitos e tropeços. Em contrapartida, as que buscam dissimular suas evidentes falhas, dando a entender que se tratam de virtudes, caem no ridículo, sem que sequer se apercebam. São destituídas de imaginação, ou não usá-la de forma adequada e, por isso, sofrem em dobro: pelo que não são e pelo que são. Albert Camus escreveu, num de seus romances: “A imaginação oferece às pessoas consolação por aquilo que não podem ser e humor por aquilo que efetivamente são”. Desenvolvamo-la e utilizemo-la, portanto, a nosso favor.

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