O belo é o suprassumo da perfeição. É algo sem mácula, sem defeitos, sem nada a que se possa fazer a mínima restrição. Daí eu considerar que a verdadeira beleza, em toda a sua glória, majestade e esplendor, é atributo exclusivo de Deus. Nós, humanos, temos que nos contentar com seus reflexos, em menor ou maior intensidade, não importa. É por essa razão que a imaginação é essencial para captarmos o belo e tentarmos reproduzir, com o máximo de autenticidade e veracidade, com o talento que eventualmente contarmos, em versos, imagens e sons. O artista batalha a vida toda em busca desse pálido reflexo de beleza e, na maior parte das vezes, se frustra. Louis Bonald fez a seguinte constatação a respeito: “O belo é o superlativo de todos os superlativos da sensação, do afeto e do pensamento”. Daí, portanto, a beleza suprema ser interdita a nós humanos. É, como tudo o que é perfeito, atribuição e característica exclusivas de Deus.
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