Wednesday, May 20, 2009

REFLEXÂO DO DIA


O amor á beleza não faz de ninguém, automaticamente, um artista. Todos nós amamos o que entendemos que seja o belo que, na verdade, não resiste à mais superficial análise para revelar suas inúmeras imperfeições. Isso, contudo, não se trata de arte, porém de mero gosto. A beleza que as pessoas comuns amam, é a virtual, a aparente, a superficial, a que logo fenece, murcha, se decompõe e revela toda sua efemeridade. O artista, porém, é dotado de certo talento interdito à maioria. Alguns consideram, até, essa característica que possui como maldição, pois faz dele um eterno insatisfeito, sempre em busca do impossível: do perfeito, do irretocável, do verdadeiro e do sublime. O pouco de beleza que consegue criar, todavia, lhe dá esse status, mais raro do que se pensa, que poucos mortais conseguem obter. O que cria, pode até despertar admiração nos que apreciam sua obra. Mas jamais satisfaz o artista, esse perpétuo obcecado pela beleza.

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