Sunday, May 17, 2009

REFLEXÂO DO DIA


A beleza é um conceito bastante controvertido e em raros aspectos é consensual. Apresenta-se, basicamente, de duas formas: virtual e conceitual. A primeira é aquela efêmera, fugaz, passageira, que se transforma com o tempo e perde o seu encanto e viço. É o caso da beleza física, de uma pessoa, uma flor, um animal, não importa. Dura por somente alguns anos, quando não dias ou meras horas, e depois se decompõe, se corrompe, envelhece, murcha e desaparece. Já a conceitual, embora difícil de definir, tem o caráter de permanência. Impregna-se em nosso espírito e basta fecharmos os olhos para podermos vislumbrar seus reflexos. Mas é esquiva, caprichosa e escorregadia. Honoré de Balzac escreveu o seguinte sobre ela, no conto “Obra-prima ignorada”: “A beleza é uma coisa severa e difícil que não se deixa alcançar à vontade, é preciso esperar suas horas, espioná-la, acossá-la, enlaça-la firmemente para obrigá-la a render-se”.

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