O que é tido como certo e comprovado, num determinado tempo, é totalmente alterado, em outro. No Século XVI, quem dissesse que a Terra era redonda e orbitava o Sol (e não o contrário), seria tido como insano, se não como herege. Galileo Galilei Galileu que o diga. Pagou duríssimo preço por afirmar o contrário do que era dogma da Igreja. Nosso conhecimento sobre o mundo que nos cerca, embora achemos que seja extraordinário, é ínfimo, ridículo, pífio, diante do que há, ainda, por aprender. Imaginem em relação ao universo! Portanto, convém não sofrer em demasia com as incertezas. É prudente, sobretudo, não as transformar em “doenças do espírito”. Haveremos de conviver com elas – múltiplas, variáveis, intensas ou fracas – enquanto vivermos. Morris West escreveu, a respeito, no romance “O Verão do Lobo Vermelho”: “O povo precisa de certezas. Até a certeza de morrer é uma ajuda para muitos. A doença do espírito é uma doença de desconhecimento e incerteza”.
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