Thursday, May 21, 2009

REFLEXÂO DO DIA


Somos (e nem seria preciso lembrar essa óbvia realidade), seres sumamente frágeis, efêmeros, mortais e passageiros. Nossa vida é tão curta, que sequer temos tempo de nos localizar em um universo imenso, provavelmente infinito, cheio de mistérios e grandeza, em perpétua mutação. Tudo muda, a cada segundo, ao nosso redor. Por isso, tudo acaba um dia: os planetas, as estrelas, as constelações e as galáxias. É possível, por exemplo, que a Via Láctea – onde se situa o nosso sol e, por conseqüência, a Terra – tenha em seu centro um buraco negro, aspirando para o seu interior, de forma contínua e inflexível, matéria, energia e até a própria luz. Se for um fato, é questão de tempo para que nossa galáxia, com tudo o que nela há, seja destruída, deixe de existir e que, em seu lugar, reste, somente, minúsculo concentrado, de peso absurdamente elevado. Daí ser impossível deixar de dar razão ao escritor Charles Ramuz, quando afirma: “É por tudo ter de acabar que tudo é tão belo”.

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