Como as futuras gerações irão nos julgar? Vão compreender nossas limitações e ignorância e nos perdoar por lhes legarmos um mundo tão imperfeito e cheio de contradições, injustiças, violências e rancores, a despeito da refinada tecnologia e dos avanços científicos que lhes legamos? Podem chamar-me de visionário, mas acredito numa época em que o homem será amigo do homem. Em que o egoísmo será banido e substituído pela solidariedade e na qual reinará, soberana, a paz e a harmonia entre os povos, irmanados numa só nação, a Terra. Claro que isso levará tempo. Por isso, faço minhas as palavras de Bertolt Brecht, nos versos de encerramento do poema “Aos que virão depois de nós”: “Infelizmente, nós,/que queríamos preparar o caminho para a/amizade,/não pudemos ser, nós mesmos, bons amigos./Mas vocês, quando chegar o tempo/em que o homem seja amigo do homem,/pensem em nós/com um pouco de compreensão”.
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