A vida é a arte do encontro. Precisamos sempre de alguém, do nascimento à morte, para nos proteger, ensinar, conviver, amar etc. O homem, ao nascer, é um dos seres mais frágeis e desprotegidos da natureza. A quase totalidade dos animais, por exemplo, consegue ficar de pé, sozinho, minutos após o nascimento. Nós, não! Levamos, por exemplo, pelo menos quatro meses para sentar, mais dois para engatinhar e quase um ano para andar tropegamente. Se um bebê for deixado à própria sorte, digamos, por uma semana, sem alguém que o alimente, o vista, o limpe, o banhe e lhe dê afeto, dificilmente sobreviverá. Precisamos, uns dos outros, pois, do nascimento à morte. Raramente, porém, nos damos conta dessa fragilidade. O filósofo, escritor e pedagogo Martin Buber escreveu a respeito dessa dependência: “O ser humano se torna eu pela relação com o você. À medida que me torno eu, digo você. Todo viver é real encontro”.
No comments:
Post a Comment