É muito controversa a questão do pessimismo. Ouço, amiúde, por aí, dizerem que o pessimista é o otimista bem-informado. Discordo. É, isto sim, alguém bastante parcial no julgamento da vida e dos acontecimentos. Enxerga apenas um lado da questão, o negativo, sem atentar para o outro, o positivo. Além disso, sua visão parcial e amarga é influenciada pelos hormônios, em detrimento dos neurônios. O pessimismo, como diz Èmile-Auguste Chartier (que assinava seus textos com o pseudônimo de Alain), é humor. Já o otimismo, no seu entender, é vontade. Concordo. O otimista é como é porque quer ser assim. Deseja que as coisas boas lhe aconteçam e essas, de fato, acabam por ocorrer. Vislumbra os dois lados da vida e dos acontecimentos e opta pelo de maior quantidade, relevando o de menor. Ademais, o pessimista é uma espécie de ave de mau-agouro, que envenena a fé, a esperança e a alegria dos que o cercam.
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