Nenhum sentimento é tão intenso e afeta a totalidade do nosso ser – ou seja, coração, corpo e alma – quanto o verdadeiro amor, quando correspondido e levado às últimas conseqüências. Promove o máximo do contato psíquico (o que nenhum psiquiatra consegue fazer) e o maior dos prazeres físicos, de forma inigualável. Nem a fé, nem a esperança, nem o medo, nem o ódio nem qualquer outra emoção, positiva ou negativa, conseguem essa simultaneidade e totalidade de sensações e reações. Daí ser estranhável o fato de muitas pessoas fugirem do amor. Por esse delírio, por essa magia, por esse encantamento valem quaisquer riscos, empenhos e sacrifícios. O célebre psicanalista francês, Didier Anzieu, escreveu a respeito, no livro “O Eu-pele” (cuja leitura recomendo): “O amor apresenta esse paradoxo de trazer ao mesmo tempo, com o mesmo ser, o contato psíquico mais profundo e o melhor contato epidérmico”. Bendito paradoxo!
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