Não raro, por causa do noticiário aterrador dos meios de comunicação, nos dando conta das mazelas do cotidiano, com seu desfile de desgraças, assassinatos, assaltos, injustiças, taras, vaidades exacerbadas, egoísmo e corrupção, nos sentimos tentados ao desânimo. Embora se trate de atitude normal, nos esquecemos de que esta geração vai passar e que, se prepararmos devidamente as próximas, esse quadro tem possibilidades de mudar. Ademais, em vez de desanimar, por que não pensar o que deve ser pensado? E mais: por que não fazer o que tem que ser feito? O peruano Eduardo Rada tratou com perícia do tema no poema “Realizador”. Após apontar as mazelas que nos assustam e angustiam, concluiu, com estes versos sensatos e otimistas: “Mas felizmente/ainda restam aqueles/que realizam o que pensam/e demonstram em sua prática/o que é possível ser pensado/ou melhor ainda:/o que é preciso ser feito”. Felizmente!!!
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