Pitoresca (e com inegável fundo de verdade) é a observação do escritor francês, Hippolyte Adolphe Taine, num de seus ensaios, sobre os principais tipos de pessoas que compõem as sociedades. Claro que elas não se resumem, apenas, às modalidades que apontou. Taine escreveu: “A sociedade tem quatro variedades: os amantes, os ambiciosos, os observadores e os loucos. Estes são os mais felizes”. Observe-se que a loucura a que se referiu é metafórica, não real. Os loucos, que Taine afirma serem mais felizes, não são, óbvio, os doentes mentais, mas os que aos olhos do mundo parecem viver fora da realidade. São os que encaram a vida com alegria e ternura, que não se preocupam com bens materiais, que sabem manter o bom-humor nas circunstâncias mais desesperadoras e só vêem beleza ao redor. Ou seja, são os que sabem viver. É dessa sublime loucura que quero ser tomado, para saborear o cálice da vida até a derradeira gota.
2 comments:
Caí por acaso aqui no seu espaço. Concordo com você. Também quero esta loucura. Na verdade um pouquinho eu ja tenho...
Abração.
Olá Pedro,
Conheci o seu blog em pesquisa no "google" sobre o romance de Morris West "A Salamandra", que li nos anos 80. Você citou este romance em 27 de maio de 2007 quando escreveu sobre “solidão” em Reflexões do Dia.
Volto a falar sobre isto mais adiante, pois preciso fazer um comentário sobre o seu blog.
Realmente fiquei estupefato quando li seus artigos sobre Platão, "Mito da Caverna". E aí não parei mais. Ufa, quanta coisa. E que variedade de temas. Filosofia, comportamento humano, etc.Depois é que me liguei no nome do seu blog. "O Escrevinhador". Bem nomeado por sinal. Lamento não ter tido contato antes com os seus artigos e crônicas publicados em jornais, pois sou de Santos-SP. Com certeza, a partir de hoje, serei seu leitor, no blog, apesar de não ter costume em consultar blogs. Já coloquei nos meus favoritos. E na pasta "Arte", pois o que você vem postando (do pouco que já li) é uma verdadeira obra de arte. E faço isso ouvindo uma rádio austríaca pela internet, é claro, de musicas clássicas, que se interessar posso indicar. Levarei muito tempo para ler o seu blog desde o inicio em 2005 quando começou a postar. Mas tenha certeza que o farei. A propósito notei que seus artigos são postados sempre por volta das 5 horas da manhã, dos que eu li.
Um pouco de mim. Sou engenheiro civil, aqui em Santos, e nasci em 23 de janeiro de 1954. Torço pelo Santos. Sou casado há 19 anos (pela segunda vez) e pai de duas garotas maravilhosas. Fiz, também, o curso de direito, mas não finalizei o quinto ano, por desinteresse. Sou leitor voraz e muito curioso (jornais diários(3), livros, teses acadêmicas, jurisprudência dos tribunais, livros técnicos, revistas, Internet, Internet, Internet, etc, etc, e agora o seu blog).
Assim, permita-me parabenizá-lo pela qualidade dos textos publicados. A foto que acompanha cada texto é um primor de harmonia. É como Cabernet Sauvignon com Carret de Cordeiro.
Voltando ao assunto de "A Salamandra" estava às voltas de um tema sobre "sentimentos em face da perda dos parâmetros cotidianos", quando me veio à mente o romance de Morris West, lido há muito e do qual não possuo mais, por falta de retorno de empréstimo, sei lá para quem.
Este tema era para comentar com um amigo que anda triste pela separação da esposa com abandono do lar junto com o filho e que tem refletido muito no comportamento do garoto de 12 anos. Com a separação o filho já não possui mais o seu quarto, a sua TV, o seu PC, não ouve mais o som dos pássaros, os ruídos da rua, o sol, o vento pela janela e naquela posição, o cheiro e a maresia. Enfim não olha mais a mesma paisagem, pois o local para onde foi não possui nada disso. Queria ter o livro para ver a descrição que Morris West fez desta perda dos parâmetros cotidianos quando da prisão do protagonista do romance no quarto escuro, sem janela, totalmente fechado. E aqui indago. Teria como você arrumar e enviar através de e-mail o trecho do livro onde ele faz esta descrição? É claro se isto for possível. Agradeço antecipadamente e mais uma vez seguem meus cumprimentos.
Carlos Pimentel, Santos, tel. 13 9716-8662.
E-mail carlospimentel@carlospimentel.com.br
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