As lágrimas são eficazes válvulas de escape criadas pela natureza para amainar emoções e evitar que façam estragos em nossa saúde. Não fossem elas, o coração dificilmente resistiria os grandes impactos emocionais que, vira e mexe, nos acometem. São sempre bem-vindas quer em situações de angústia e desespero – aos quais acalma e alivia – quer nas de extrema alegria. Constituem-se, por outro lado, em poderosas armas femininas. As mulheres conseguem, de mim, tudo o que querem, quando choram. Não suporto vê-las chorar! As lágrimas estão sempre presentes nos casos de amor. Olavo Bilac destaca essa presença, nestes dois magníficos tercetos do seu soneto “Via Láctea-VI”: “Quem ama inventa as penas em que vive;/e, em lugar de acalmar as penas, antes/busca novo pesar com que as avive.//Pois sabei que é por isso que assim ando;/que é dos loucos somente e dos amantes/na maior alegria andar chorando”. E não é o que ocorre?!
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