Saturday, August 09, 2008

Inferno


Pedro J. Bondaczuk

Crepitam chamas no Inferno
ardente das emoções.
Condenado pelo Eterno,
perco caras ilusões.

Chamas vorazes devoram
alegrias, sentimentos,
fantasias se descoram,
destroem-se encantamentos.

Dissimulo, em meu rosto,
riso (apenas externo).
Agoniado, estou exposto

às perdas e decepções.
Ardem, nas chamas do Inferno,
ideais e ilusões.

(Soneto composto em São Caetano do Sul, em 19 de novembro de 1963).

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