As pessoas conscientes e equilibradas, que têm certeza de sempre terem vivido da melhor forma possível, com intensidade, mas com afeto, não precisam temer suas lembranças. Tanto as boas, quanto as más, não lhes causam sofrimento, mágoa ou frustração. As coisas positivas serão sempre lembradas com alegria, com uma saudade gostosa, mas não opressiva. E mesmo as negativas não incomodam, diante da certeza de que os obstáculos, posto que aflitivos na ocasião, foram superados com fé e determinação, os montes foram galgados e descidos e, após vencidos, descortinou-se suave e florida campina. Vivamos de forma tal que as lembranças jamais nos causem sofrimentos, mas nos cientifiquem que cumprimos nosso dever e estamos vivos para realizar muito mais. Concordo, pois, com o poeta Mauro Sampaio, que diz, nos versos do poema “Renembranças”: “Como é bom/debruçar-me na janela do tempo:/Quantas paisagens de volta!”.
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