A felicidade genuína, a que arranca risos espontâneos da alma ou lágrimas de alegria, tamanha sua intensidade, é simples. Está sempre ao nosso alcance, todos os dias, em qualquer momento, até nas circunstâncias mais dramáticas da vida. Nós é que complicamos a existência, não sabemos frear nossos desejos e não a enxergamos, a despeito dela estar tão próxima e tão acessível. Reitero que a felicidade não está nas coisas e muito menos em outras pessoas, por mais importantes que elas nos sejam. Está em nós. É um estado de espírito. Basta estarmos predispostos a ela, que ela se instala de vez em nossas vidas. O poeta Mauro Sampaio diz isso, com talento e beleza, nestes versos do poema “Simples”: “Eu me alegro na contemplação das flores./As abelhas também me comovem./Muitas vezes me extasio ante o coaxar dos sapos/ou um pedaço de papel solto ao vento.//Por isso minhas lágrimas são fáceis/e minha alegria imensa”.
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