Pedro J. Bondaczuk
O ser humano, no relativamente curto tempo que a espécie existe, ainda não aprendeu a valorizar a vida, nem mesmo a sua, quanto mais a das demais criaturas. Ela, no entanto, é um mistério, é um privilégio, é um milagre. Ao longo da história, as pessoas entregaram-se (e ainda se entregam) à perversa cultura da morte.
Hoje em dia, filmes, romances, novelas e peças teatrais apresentam cenas em que determinados personagens matam outros com a maior naturalidade, como se fosse ato banal e corriqueiro. O pior é que as crianças crescem sob essa estúpida cultura da morte, que lhes é incutida a pretexto de se tratar de “arte”. Mas a vida é sagrada e relativamente rara no universo.. Isto é o que deveria ser enfatizado, sempre, cotidiana e incansavelmente, às crianças, e não essa estúpida e absurda cultura da morte que lhes é impingida subliminarmente.
Somos, do ponto de vista físico, seres bastante frágeis e, nesse aspecto, muito inferiores a tantos outros animais. Contamos, todavia, com um instrumento poderoso, que nos permite sermos senhores do Planeta: a inteligência. Temos capacidade de entender o que somos, onde estamos e para onde queremos ir.
Fomos dotados do poder de controlar nossos instintos e direcionar nossos sentimentos. “E por que, então, somos tão miseráveis e vivemos tantos conflitos, acalentamos a maldade, a violência, a cobiça e tantos outros comportamentos, se temos consciência que são errados e nocivos?”, perguntarão alguns.
Porque esquecemos de procurar o sentido da vida. Porque não questionamos, com a devida ênfase, a razão de estarmos vivos e de termos a capacidade de raciocínio e o poder de escolha. Temos, ainda, muito que evoluir para merecermos a designação de “humanos”. A poetisa Florbela Espanca garante a respeito: “Se penetrássemos o sentido da vida seríamos menos miseráveis”.
Através do miraculoso e inexplicável expediente da imaginação, saímos de nós mesmos no momento em que quisermos e nos dispersamos pelo infinito, viajando para mundos distantes e fisicamente interditos. Em suas asas, em infinitésimas frações de segundo, vencemos distâncias impossíveis de se dimensionar, desvendamos galáxias de monstruosos tamanhos e formas, nos confins do universo, penetramos em buracos negros de força descomunal, que não deixam escapar, sequer, a luz (mas nós escapamos) e retornamos, incólumes, para o nosso interior.
Somos tudo, por nossa imaginação, e nada somos, se levarmos em conta a fragilidade física. Que mistério que somos nessa vastidão universal! Uma pergunta, no entanto, se impõe: teria sido a natureza criada em função exclusiva do homem, como tantos apregoam? Estaria a nossa espécie capacitada a agredi-la impunemente ou a alterá-la ao seu bel-prazer sem nenhuma conseqüência? A resposta óbvia é: “não” (embora muitos insensatos não se dêem conta).
Um dos exercícios mais nobres, e mais úteis, ao nosso alcance, é o da meditação. Requer, sobretudo, férrea autodisciplina e imensa força de vontade. Contudo, é uma prática sumamente compensadora. Permite que a pessoa extraia do fundo da consciência idéias, pensamentos e conceitos adormecidos, muitas vezes de forma apenas embrionária.
Os néscios e vazios consideram a meditação um exercício inútil, mera perda de tempo. Por pensarem assim, todavia, é que são o que são: dependentes, tolos e manipuláveis. O criador de idéias, mesmo que não se dê conta, é o maior beneficiado com esse ato de criação. Não teme o futuro e nem se assusta com nenhum obstáculo que a vida lhe impõe. Está consciente e seguro de que, no fundo do seu cérebro, encontrará a saída, mesmo para os maiores impasses que enfrentar.
Sem sequer nos darmos conta, participamos, de uma forma ou de outra, da construção da história, quer pessoal, quer da nossa comunidade, quer de toda a humanidade. Uns, ajudam a escrever magníficos capítulos de constância, altruísmo e participação, embora permaneçam anônimos ou, no máximo, nos corações dos que beneficiaram. Outros, bafejados pelas circunstâncias, tendem a marcar para sempre seus nomes no mundo, por obras, idéias ou exemplos. Outros tantos, seria preferível que caíssem no absoluto esquecimento, pelos males que semeiam.
A maioria, infelizmente, será esquecida para sempre, passada apenas uma geração, como se nunca tivesse existido. Isso, mesmo que essas pessoas sejam honestas, virtuosas e aplicadas. É a lei da vida. Mas, como ressaltou o enciclopedista francês, Denis Diderot, “sem desconfiarmos, caminhamos todos para a eternidade”. Uns, da lembrança. A maioria, do esquecimento. Isso, encontrando ou não o sentido da vida.
O ser humano, no relativamente curto tempo que a espécie existe, ainda não aprendeu a valorizar a vida, nem mesmo a sua, quanto mais a das demais criaturas. Ela, no entanto, é um mistério, é um privilégio, é um milagre. Ao longo da história, as pessoas entregaram-se (e ainda se entregam) à perversa cultura da morte.
Hoje em dia, filmes, romances, novelas e peças teatrais apresentam cenas em que determinados personagens matam outros com a maior naturalidade, como se fosse ato banal e corriqueiro. O pior é que as crianças crescem sob essa estúpida cultura da morte, que lhes é incutida a pretexto de se tratar de “arte”. Mas a vida é sagrada e relativamente rara no universo.. Isto é o que deveria ser enfatizado, sempre, cotidiana e incansavelmente, às crianças, e não essa estúpida e absurda cultura da morte que lhes é impingida subliminarmente.
Somos, do ponto de vista físico, seres bastante frágeis e, nesse aspecto, muito inferiores a tantos outros animais. Contamos, todavia, com um instrumento poderoso, que nos permite sermos senhores do Planeta: a inteligência. Temos capacidade de entender o que somos, onde estamos e para onde queremos ir.
Fomos dotados do poder de controlar nossos instintos e direcionar nossos sentimentos. “E por que, então, somos tão miseráveis e vivemos tantos conflitos, acalentamos a maldade, a violência, a cobiça e tantos outros comportamentos, se temos consciência que são errados e nocivos?”, perguntarão alguns.
Porque esquecemos de procurar o sentido da vida. Porque não questionamos, com a devida ênfase, a razão de estarmos vivos e de termos a capacidade de raciocínio e o poder de escolha. Temos, ainda, muito que evoluir para merecermos a designação de “humanos”. A poetisa Florbela Espanca garante a respeito: “Se penetrássemos o sentido da vida seríamos menos miseráveis”.
Através do miraculoso e inexplicável expediente da imaginação, saímos de nós mesmos no momento em que quisermos e nos dispersamos pelo infinito, viajando para mundos distantes e fisicamente interditos. Em suas asas, em infinitésimas frações de segundo, vencemos distâncias impossíveis de se dimensionar, desvendamos galáxias de monstruosos tamanhos e formas, nos confins do universo, penetramos em buracos negros de força descomunal, que não deixam escapar, sequer, a luz (mas nós escapamos) e retornamos, incólumes, para o nosso interior.
Somos tudo, por nossa imaginação, e nada somos, se levarmos em conta a fragilidade física. Que mistério que somos nessa vastidão universal! Uma pergunta, no entanto, se impõe: teria sido a natureza criada em função exclusiva do homem, como tantos apregoam? Estaria a nossa espécie capacitada a agredi-la impunemente ou a alterá-la ao seu bel-prazer sem nenhuma conseqüência? A resposta óbvia é: “não” (embora muitos insensatos não se dêem conta).
Um dos exercícios mais nobres, e mais úteis, ao nosso alcance, é o da meditação. Requer, sobretudo, férrea autodisciplina e imensa força de vontade. Contudo, é uma prática sumamente compensadora. Permite que a pessoa extraia do fundo da consciência idéias, pensamentos e conceitos adormecidos, muitas vezes de forma apenas embrionária.
Os néscios e vazios consideram a meditação um exercício inútil, mera perda de tempo. Por pensarem assim, todavia, é que são o que são: dependentes, tolos e manipuláveis. O criador de idéias, mesmo que não se dê conta, é o maior beneficiado com esse ato de criação. Não teme o futuro e nem se assusta com nenhum obstáculo que a vida lhe impõe. Está consciente e seguro de que, no fundo do seu cérebro, encontrará a saída, mesmo para os maiores impasses que enfrentar.
Sem sequer nos darmos conta, participamos, de uma forma ou de outra, da construção da história, quer pessoal, quer da nossa comunidade, quer de toda a humanidade. Uns, ajudam a escrever magníficos capítulos de constância, altruísmo e participação, embora permaneçam anônimos ou, no máximo, nos corações dos que beneficiaram. Outros, bafejados pelas circunstâncias, tendem a marcar para sempre seus nomes no mundo, por obras, idéias ou exemplos. Outros tantos, seria preferível que caíssem no absoluto esquecimento, pelos males que semeiam.
A maioria, infelizmente, será esquecida para sempre, passada apenas uma geração, como se nunca tivesse existido. Isso, mesmo que essas pessoas sejam honestas, virtuosas e aplicadas. É a lei da vida. Mas, como ressaltou o enciclopedista francês, Denis Diderot, “sem desconfiarmos, caminhamos todos para a eternidade”. Uns, da lembrança. A maioria, do esquecimento. Isso, encontrando ou não o sentido da vida.
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