Pedro J. Bondaczuk
(CONTINUAÇÃO)
Signo máximo do cristão
Os cristãos passaram a usar a cruz como um dos seus símbolos mais sagrados vários séculos após o sacrifício de Nosso Senhor. Em princípio, a comunidade de fiéis era identificada, em geral, pela figura estilizada de um peixe.
A primeira referência escrita que se encontrou ao crucifixo data de 560 e foi feita pelo poeta Fortunato. Antes disso, não se tem nenhuma notícia de seu uso no cristianismo com conotações sagradas. Em 590, São Gregório de Tours voltou a mencionar a cruz em seus escritos. Falou de uma pintada em Narbone, o que leva à conclusão que a partir de então ela começou a se popularizar entre os cristãos.
Uma coisa interessante de se notar é o fato da morte de Cristo, nesse instrumento de suplício, ter sido prefigurada por Moisés, no Velho Testamento. Foi através da serpente de bronze que o condutor do povo hebreu erigiu como um mastro, em forma de cruz.
O objetivo era o de curar os israelitas, mordidos por serpentes do Sinai, que fitassem aquele objeto. Jesus chegou a citar esse fato em suas pregações, ao afirmar: “Assim como Moisés levantou a serpente no deserto, assim será elevado o Filho do Homem”.
O sacrifício do Mestre mostra uma cadeia lógica de fatos. Em primeiro lugar, cumpriu, com o máximo rigor, velhas profecias. Depois, houve a coincidência dos romanos utilizarem para suas punições um instrumento que há muito já simbolizava o amor divino pelo ser humano, em outras religiões e do Messias ter redimido a humanidade nele.
Isso facilitou que a mensagem da salvação pudesse chegar a povos bárbaros, em todas as partes do mundo, e ser por eles facilmente assimilada. Os executores de Roma apenas se equivocaram com a inscrição que colocaram sobre a cruz com as iniciais INRI, que significavam “Iesus Nazarenus Rerum Iudeorum”. Deveriam ter posto INRU. Ou seja, “Iesus Nazarenus Rerum Universorum”.
(Matéria publicada na página 61, Especial, do Correio Popular, em 24 de abril de 1988).
(CONTINUAÇÃO)
Signo máximo do cristão
Os cristãos passaram a usar a cruz como um dos seus símbolos mais sagrados vários séculos após o sacrifício de Nosso Senhor. Em princípio, a comunidade de fiéis era identificada, em geral, pela figura estilizada de um peixe.
A primeira referência escrita que se encontrou ao crucifixo data de 560 e foi feita pelo poeta Fortunato. Antes disso, não se tem nenhuma notícia de seu uso no cristianismo com conotações sagradas. Em 590, São Gregório de Tours voltou a mencionar a cruz em seus escritos. Falou de uma pintada em Narbone, o que leva à conclusão que a partir de então ela começou a se popularizar entre os cristãos.
Uma coisa interessante de se notar é o fato da morte de Cristo, nesse instrumento de suplício, ter sido prefigurada por Moisés, no Velho Testamento. Foi através da serpente de bronze que o condutor do povo hebreu erigiu como um mastro, em forma de cruz.
O objetivo era o de curar os israelitas, mordidos por serpentes do Sinai, que fitassem aquele objeto. Jesus chegou a citar esse fato em suas pregações, ao afirmar: “Assim como Moisés levantou a serpente no deserto, assim será elevado o Filho do Homem”.
O sacrifício do Mestre mostra uma cadeia lógica de fatos. Em primeiro lugar, cumpriu, com o máximo rigor, velhas profecias. Depois, houve a coincidência dos romanos utilizarem para suas punições um instrumento que há muito já simbolizava o amor divino pelo ser humano, em outras religiões e do Messias ter redimido a humanidade nele.
Isso facilitou que a mensagem da salvação pudesse chegar a povos bárbaros, em todas as partes do mundo, e ser por eles facilmente assimilada. Os executores de Roma apenas se equivocaram com a inscrição que colocaram sobre a cruz com as iniciais INRI, que significavam “Iesus Nazarenus Rerum Iudeorum”. Deveriam ter posto INRU. Ou seja, “Iesus Nazarenus Rerum Universorum”.
(Matéria publicada na página 61, Especial, do Correio Popular, em 24 de abril de 1988).
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