Aprovação popular
Pedro J. Bondaczuk
Uma pesquisa realizada por uma revista argentina e divulgada anteontem em Buenos Aires dá conta que 92% da população daquele país aprova os cinco primeiros meses de governo do presidente Raul Alfonsin, da União Cívica Radical.
Mesmo enfrentando a maior crise econômica que essa República vizinha já conheceu ao longo de toda a sua existência, com uma hiperinflação que pode chegar à astronômica casa de 500%, altíssimas taxas de desemprego e a dívida externa calculada em US$ 43,6 bilhões, o povo argentino mostra-se de acordo com as medidas de contenção de gastos tomadas pelo seu máximo mandatário.
A pesquisa de opinião revela que 66% dos argentinos acham que os cinco primeiros meses do governo Alfonsin foram bons; 26%, que foram apenas regulares e só 8% se manifestaram apontando como má a atual administração.
Este crédito popular deveu-se, acima de tudo, a um fato marcante: todas as promessas feitas no palanque pelo líder da União Cívica Radical, ainda quando candidato, foram cumpridas em apenas dez dias de mandato. Isto é, Alfonsin prometeu pouco para não criar falsas expectativas, demonstrando ser um político, acima de tudo, pragmático, com os pés bem plantados no chão.
Muita gente prevê a derrocada de seu governo, e conseqüentemente do atual regime, na esteira de manifestações populares de descontentamento. O relatório anual do Instituto de Estudos Estratégicos de Londres, conceituado órgão, geralmente bem informado sobre a situação política de cada país e cujas extrapolações quase sempre acabam se confirmando, vê com pessimismo a atual experiência democrática Argentina.
Nós, particularmente, acreditamos no sucesso de Alfonsin, principalmente porque, além dele ter sido maciçamente sufragado nas urnas, conta com o pleno respaldo do povo que dirige, conforme demonstrou a pesquisa de opinião citada acima.
(Artigo publicado na página 23, Internacional, do Correio Popular, em 20 de maio de 1984)
Pedro J. Bondaczuk
Uma pesquisa realizada por uma revista argentina e divulgada anteontem em Buenos Aires dá conta que 92% da população daquele país aprova os cinco primeiros meses de governo do presidente Raul Alfonsin, da União Cívica Radical.
Mesmo enfrentando a maior crise econômica que essa República vizinha já conheceu ao longo de toda a sua existência, com uma hiperinflação que pode chegar à astronômica casa de 500%, altíssimas taxas de desemprego e a dívida externa calculada em US$ 43,6 bilhões, o povo argentino mostra-se de acordo com as medidas de contenção de gastos tomadas pelo seu máximo mandatário.
A pesquisa de opinião revela que 66% dos argentinos acham que os cinco primeiros meses do governo Alfonsin foram bons; 26%, que foram apenas regulares e só 8% se manifestaram apontando como má a atual administração.
Este crédito popular deveu-se, acima de tudo, a um fato marcante: todas as promessas feitas no palanque pelo líder da União Cívica Radical, ainda quando candidato, foram cumpridas em apenas dez dias de mandato. Isto é, Alfonsin prometeu pouco para não criar falsas expectativas, demonstrando ser um político, acima de tudo, pragmático, com os pés bem plantados no chão.
Muita gente prevê a derrocada de seu governo, e conseqüentemente do atual regime, na esteira de manifestações populares de descontentamento. O relatório anual do Instituto de Estudos Estratégicos de Londres, conceituado órgão, geralmente bem informado sobre a situação política de cada país e cujas extrapolações quase sempre acabam se confirmando, vê com pessimismo a atual experiência democrática Argentina.
Nós, particularmente, acreditamos no sucesso de Alfonsin, principalmente porque, além dele ter sido maciçamente sufragado nas urnas, conta com o pleno respaldo do povo que dirige, conforme demonstrou a pesquisa de opinião citada acima.
(Artigo publicado na página 23, Internacional, do Correio Popular, em 20 de maio de 1984)
No comments:
Post a Comment