A beleza – mesmo que não sejamos artistas –, nos encanta, embevece, maravilha e dá prazer. Não há ser humano que não a aprecie. Todos temos, em certa medida, alma de poetas, ou seja, sensibilidade para o que é estético. Todavia, como tudo na vida, a beleza também, com o passar do tempo, se corrompe, envelhece, se desgasta e perde seu brilho. Chega, mesmo, a se tornar feiúra, caso não seja renovada. Para que isso não ocorra, só há um caminho: sempre buscar ângulos novos no que compreendemos como belo, sejam pessoa, coisa ou paisagem, não importa. A única beleza que não se corrompe, e não se torna decadente, é a do espírito. É a dos gestos nobres, dos sentimentos elevados e dos comportamentos éticos e solidários. Esta, todavia, requer constância para conservar o seu brilho. D. H. Lawrence, no conto “Coisas”, adverte a propósito: “O fulgor da beleza, como todo outro fulgor, esmorece se não é alimentado”. Alimentemo-lo diariamente, portanto.
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