Há quem ache que as paixões são incompatíveis com os grandes pensadores, que dedicam a vida em busca das grandes verdades que iluminam e engrandecem a humanidade. Quem pensa dessa maneira, todavia, está equivocado. Paixão e reflexão não são incompatíveis. Temos que ser serenos, sim, ao refletir, mas apaixonados ao agir. Claro que a paixão a que me refiro é a positiva, caracterizada por uma imensa vontade, absoluta crença e total convicção no que se faz. Não se trata, pois, do ciúme, do ódio, da cobiça e do egoísmo, nefastos gigantes da alma, aos quais devemos extirpar. Sem amor, amizades e piedade, jamais conseguiremos entender o próximo e chegar às grandes verdades. Alexis Carrel, no livro “O homem esse desconhecido”, constata: “O homem que quiser contemplar a verdade deve manter a calma dentro de si mesmo. O seu espírito deve ser como a água serena de um lago. As atividades afetivas, contudo, são indispensáveis ao progresso da inteligência”. E como são!
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