A felicidade – torno a reiterar, pela milésima vez – é uma predisposição do espírito. Só é alcançada, quando nos predispomos, de verdade, ao seu alcance. Não comporta, portanto, planejamentos e muito menos análises de quaisquer espécies. É uma condição natural, que surge espontânea quando estamos predispostos a ela e independe de pessoas, coisas e circunstâncias. Podemos, por exemplo, nos sentir felizes mesmo em meio às maiores crises, se encararmos esses momentos críticos nas devidas proporções e não nos entregarmos ao medo, às tensões, à descrença, ao mau-humor ou ao desespero. Quem nos ilustra, a esse propósito, é um dos maiores filósofos contemporâneos, o norte-americano Will Durant, que afirma a respeito: “A felicidade é inconseqüente; só nos bafeja quando somos naturais; se nos detemos a analisá-la, desaparece, porque não é natural nos determos a analisar alguma coisa”. Naturalidade é uma das chaves, portanto, dessa tão desejável condição.
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