O egoísta, que se julga o centro do mundo, além de prejudicar sua imagem, se torna nocivo à coletividade em que esteja inserido. A vida civilizada não prescinde de ninguém e todos temos o dever de dar nossa contribuição à comunidade em que vivemos, por ínfima que esta seja ou nos pareça. Afinal, sozinhos não somos ninguém. Todos dependemos uns dos outros para sobreviver. Quando nascemos, contamos com os cuidados indispensáveis dos nossos pais. Em certa idade, freqüentamos a escola, que nos transmite a soma de conhecimentos acumulada desde os primórdios da civilização. Na vida adulta, dependemos do padeiro, de merceeiro, do agricultor, do médico, do dentista, do jornalista etc.etc.etc. E o que daremos em troca? Se não dermos nada, não passaremos de pesos mortos à nossa família, comunidade, município, Estado e país. O escritor português, Almada Negreiros, constata, no livro “Ensaios”: “O indivíduo nunca pertenceu a si mesmo. Pertence em absoluto à sua coletividade”.
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