Pedro J. Bondaczuk
O medo tem sido, no correr da história das civilizações (pelo menos daquela de que se tem registro), o sentimento dominante das pessoas. Dizer, portanto, como muitos querem e teimam em fazer, que estes últimos anos do segundo milênio da era cristã são os mais violentos e atemorizantes vividos pela humanidade, é faltar com a verdade, ou pelo menos com o rigor histórico.
A despeito da existência de tiranos e tiranias, de guerras, conflitos e revoluções, e das armas nucleares, a nossa época, levando-se em conta o número de habitantes do Planeta, não é pior, nesse aspecto, do que nenhuma outra. Então, porque esse clima de terror dominando as pessoas?
Qual a razão de tamanho desencanto, não somente entre indivíduos, mas inclusive entre sociedades nacionais inteiras? O que está acontecendo na atualidade seria de todo ruim? Depende de como agiremos.
Ocorre que até há poucos anos, a quantidade de informações que chegava às pessoas era relativamente baixa, dados os múltiplos obstáculos então existentes para a sua captação e divulgação. É necessário que se tenha em mente que a imprensa, virtualmente, nasceu em 1455, com o invento do genial Johann Guttemberg. Que até o século passado, o número de indivíduos alfabetizados na Europa, o pólo irradiador de civilização (pelo menos da ocidental) por excelência era bastante baixo. Que não havia rádio e muito menos televisão via satélite.
As coisas todas começaram a acontecer recentemente, e com uma velocidade estonteante, nesse importante campo. Nas duas últimas décadas, as comunicações evoluíram, seguramente, muito mais do que em dois milênios ou mais, aproximando povos, separados geograficamente por grandes distâncias, em estágios culturais muito diversificados, com costumes, religiões e concepções de vida bem diversos.
Claro que um processo tão brusco deveria tender, como de fato tendeu, a causar choques. A cristalizar medos nas pessoas (usados com diabólica perícia por tiranias disfarçadas ou ostensivas em seu próprio proveito). A culpa, então, desse ambiente sombrio de temores e incertezas, dessa insegurança que nos domina a todos seria dos meios de comunicação? Claro que não!
Ela reside, principalmente, na filosofia educacional que ainda prevalece. Somos “educados” para o medo. Quando uma criança comete alguma falta considerada grave, o que se faz com ela? Alguém lhe mostra, gentilmente, o caminho correto a seguir? É claro que não! Ela é punida com castigos, que muitas vezes a marcam pelo resto da sua vida.
O mesmo vale em relação às leis, úteis e indispensáveis em sua substância, carregadas das melhores intenções, mas que são impostas sempre a poder de ameaças implícitas. Ou à religião, onde se distorce a visão de Deus (a fonte eterna de amor), apresentado aos fiéis como autoritário e vingador. Ou das instituições. Ou seja lá do que for. É esse medo para o qual somos educados que castra o nosso potencial criativo, nos angustia profundamente e nos impede de evoluir.
O medo tem sido, no correr da história das civilizações (pelo menos daquela de que se tem registro), o sentimento dominante das pessoas. Dizer, portanto, como muitos querem e teimam em fazer, que estes últimos anos do segundo milênio da era cristã são os mais violentos e atemorizantes vividos pela humanidade, é faltar com a verdade, ou pelo menos com o rigor histórico.
A despeito da existência de tiranos e tiranias, de guerras, conflitos e revoluções, e das armas nucleares, a nossa época, levando-se em conta o número de habitantes do Planeta, não é pior, nesse aspecto, do que nenhuma outra. Então, porque esse clima de terror dominando as pessoas?
Qual a razão de tamanho desencanto, não somente entre indivíduos, mas inclusive entre sociedades nacionais inteiras? O que está acontecendo na atualidade seria de todo ruim? Depende de como agiremos.
Ocorre que até há poucos anos, a quantidade de informações que chegava às pessoas era relativamente baixa, dados os múltiplos obstáculos então existentes para a sua captação e divulgação. É necessário que se tenha em mente que a imprensa, virtualmente, nasceu em 1455, com o invento do genial Johann Guttemberg. Que até o século passado, o número de indivíduos alfabetizados na Europa, o pólo irradiador de civilização (pelo menos da ocidental) por excelência era bastante baixo. Que não havia rádio e muito menos televisão via satélite.
As coisas todas começaram a acontecer recentemente, e com uma velocidade estonteante, nesse importante campo. Nas duas últimas décadas, as comunicações evoluíram, seguramente, muito mais do que em dois milênios ou mais, aproximando povos, separados geograficamente por grandes distâncias, em estágios culturais muito diversificados, com costumes, religiões e concepções de vida bem diversos.
Claro que um processo tão brusco deveria tender, como de fato tendeu, a causar choques. A cristalizar medos nas pessoas (usados com diabólica perícia por tiranias disfarçadas ou ostensivas em seu próprio proveito). A culpa, então, desse ambiente sombrio de temores e incertezas, dessa insegurança que nos domina a todos seria dos meios de comunicação? Claro que não!
Ela reside, principalmente, na filosofia educacional que ainda prevalece. Somos “educados” para o medo. Quando uma criança comete alguma falta considerada grave, o que se faz com ela? Alguém lhe mostra, gentilmente, o caminho correto a seguir? É claro que não! Ela é punida com castigos, que muitas vezes a marcam pelo resto da sua vida.
O mesmo vale em relação às leis, úteis e indispensáveis em sua substância, carregadas das melhores intenções, mas que são impostas sempre a poder de ameaças implícitas. Ou à religião, onde se distorce a visão de Deus (a fonte eterna de amor), apresentado aos fiéis como autoritário e vingador. Ou das instituições. Ou seja lá do que for. É esse medo para o qual somos educados que castra o nosso potencial criativo, nos angustia profundamente e nos impede de evoluir.
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