Friday, February 01, 2008

REFLEXÃO DO DIA


Quem não lida profissionalmente com idéias acredita, ingenuamente, que o trabalho de inteligência dos grandes pensadores – escritores, filósofos, antropólogos, sociólogos etc. – se constitua em atos generosos, despidos de interesses. Estão equivocados. Todo o trabalho, seja de que natureza for, tem por trás dele algum objetivo de quem o faz. E é justo e lícito que assim seja. Ademais, convém ressaltar que nem todo o interesse é egoístico, que vise apenas lucros pessoais, fama ou poder. Há, felizmente, e muitos, que se interessam, apenas, em mudar para melhor a vida de milhões de pessoas que sequer conhecem. O pensador Henri Bergson observa, a respeito, no livro “O pensamento e o movente”: “Não se deve esquecer que o trabalho da inteligência está longe de ser um trabalho desinteressado. Não visamos em geral conhecer por conhecer, mas conhecer para tomar uma decisão, para tirar algum proveito; enfim, para satisfazer algum interesse”.

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