Thursday, February 14, 2008

REFLEXÃO DO DIA


Marcamos a passagem do tempo por relógios e calendários, mas o que retemos na memória é ínfima fração do que vivemos. A maior parte de nossas ações e sentimentos perde-se nas brumas do esquecimento, como se não houvessem existido. Lembramo-nos de pouquíssimos momentos e circunstâncias, embora estes nos pareçam muitos e infinitos. A memória das pessoas sadias é generosa. Melhora, na lembrança, momentos que de fato não foram tão bons e atenua os de aflição ou de dor, quando não os apaga. Mesmo que pretendamos viver no passado (impossibilidade física), o presente nos convoca e desafia a conquistar o que não conseguimos ainda. A medida de tempo, por relógios e calendários, portanto, nada significa no conjunto das nossas vidas. O referencial deveria ser outro. O escritor suíço, Henri Frédéric Amiel, nos sugere qual, ao afirmar: “O tempo nada mais é do que a distância entre as nossas lembranças”. Elas é que são as verdadeiras medidas do tanto que vivemos.

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