Saturday, February 09, 2008

REFLEXÃO DO DIA


Costumamos pensar linearmente e generalizar virtudes e defeitos, como se todas as pessoas fossem rigorosamente iguais e os tivessem na mesma medida. Não têm! Essa pretendida igualdade existe, apenas, em aspectos genéricos e nos instintos básicos da espécie. E onde deveria, de fato, haver, ou seja, no campo dos direitos e deveres, inexiste, o que, aliás, é a causa básica dos conflitos étnicos, religiosos, sociais etc. que permeiam a História. O que predomina na Terra é a pluralidade. O que existe são semelhanças, nunca a igualdade. Virtudes e defeitos misturam-se, em graus variáveis, em proporções nunca iguais, em todas as pessoas, mundo afora. Daí as generalizações serem sempre equivocadas, dadas as infinitas nuances físicas, psicológicas e morais que diferenciam os indivíduos. A pensadora alemã, Hannah Arendt, observa, com grande lucidez, a propósito: “Quem habita este planeta não é o homem, mas os homens. A pluralidade é a lei da Terra”.

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