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Os romanos tinham uma veneração toda especial pelos seus mortos. Veneravam os ancestrais desaparecidos como deuses e até erguiam altares no local mais nobre de suas casas para essa adoração. Esta, aliás, é a origem das lareiras, que não se destinavam, em absoluto, ao aquecimento das moradias, como ocorre hoje nos países frios e nem à simples decoração das residências, nos tropicais, como o Brasil. Era o local de culto dos entes queridos desaparecidos e sua lembrança permanecia viva através de muitas gerações. Todavia, nenhuma dessas pessoas é lembrada ou identificada hoje. Gaetan Picon escreveu que: “A obra não é eterna, mas a continuidade da criação artística, que a submete ao jogo das revivescências e das metamorfoses, é como uma miragem de eternidade”.
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