Saturday, March 10, 2007

REFLEXÃO DO DIA


O tempo é inexorável e não há como deter o desgaste que ele produz. O padre Eugene Charbonneau, em um artigo que publicou no jornal "Folha de S. Paulo", em 31 de dezembro de 1986, expôs, em forma de poema, esta interessante alegoria a esse propósito: "Passado...Presente...Futuro.../Todos os três/formam apenas um rio./Quem é que te engana?/O grande enganador: o tempo./No tempo não há lugar/para o homem./Nele ele está deslocado./Um passo...a corrente o apanha./A corrente do tempo./Que diferença/entre olhar o rio/ou estar dentro dele./O homem também é dono do rio". Alguma coisa, em nosso íntimo, rebela-se (em vão) contra nossa efemeridade, resiste à idéia da morte, que nos aniquila e anula e, na maioria dos casos, apaga todo e qualquer vestígio da nossa existência. Um ser tão complexo e que tem condições para ser maravilhoso, se criar as circunstâncias adequadas, não pode ter sido feito para morrer!

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