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Fagundes Varela, no poema "A mais forte das armas", alerta para o perigo das palavras, quando irresponsáveis e ditas sem que se pense em suas conseqüências. Esse dom divino, que distingue o homem das feras, é um instrumento fantástico e miraculoso, quando bem empregado. Aproxima pessoas, ensina, orienta e esclarece. O poeta fluminense, porém, começa o citado trabalho perguntando: "Qual a mais forte das armas,/a mais firme, a mais certeira?". A seguir, enumera uma série delas, desde a funda com a qual Davi matou Golias, até as mais mortíferas e letais. Sabem qual a conclusão do poema? É a seguinte: "A mais tremenda das armas,/pior do que a duridana,/atendei, meus bons amigos,/se apelida a língua humana". E entre as palavras irresponsáveis e impensadas, nada é pior do que um boato.
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