Em busca de motivação
Pedro J. Bondaczuk
A passagem de um ano para outro é sempre o momento oportuno para fazermos um balanço dos 365 dias que terminaram e apurar qual foi o saldo, se positivo ou negativo. Caso estejamos com saúde e festejando o instante com a família, os amigos e até com estranhos, em casa, num clube ou na praia, numa dessas tantas festas de reveillon, será um ótimo sinal. Ou seja, será segura indicação que, por mais fracassos e desilusões que tenhamos eventualmente experimentado, o saldo do ano que passou foi positivo.
Em geral, não atentamos para isso e não valorizamos esse aspecto. Queremos, muitas vezes, o que está absolutamente fora do nosso alcance, além das nossas forças e capacidades, e nos frustramos. Consideramo-nos perdedores inveterados, sem atentar para a infinidade de vitórias que obtivemos que, somadas, compõem um êxito imenso, sem tamanho.
Carecemos de motivação para encarar o novo ano, mas torcendo para que seja um de muitos. Afinal, por mais amargos e pessimistas que sejamos, tememos a morte. E com razão. Apegamo-nos a tudo o que possa sugerir, mesmo que de longe, “sorte”. Fazemos simpatias caseiras de toda a espécie, recorremos ao horóscopo na tentativa de antecipar sucessos e alegrias, enfim, trocamos votos e juras de amizade, eufóricos e esperançosos. É errado proceder assim? Claro que não!
Errado é apostar na desgraça e na infelicidade. É começarmos um novo ano com coração e mente repletos de dúvidas e de temores. É não vermos alegrias e nem graça nenhuma na vida. É encararmos o mundo como um vale de lágrimas, de violência, sofrimento e dores, sem sequer atentarmos para o fato de que bilhões de pessoas ao redor do Planeta têm motivos reais para a amargura e o desespero.
Milhões não têm sequer o que comer, nem abrigo seguro, vivendo em acampamentos de refugiados. Milhares e milhares estão encerrados em leitos de hospitais, ou em prisões, ou em asilos e orfanatos e vai por aí afora. Estes sim têm motivos de sobra para lamentar e se desesperar. E, ainda assim, boa parte dessas pessoas, não importa quantas, não abre mão da esperança.
Pense nisso, amigo, antes de desfiar um rosário de lamentações por causa de pequenos fracassos, que sequer são definitivos e ademais têm reversão. Motive-se. Aceite o desafio da vida e transforme esses ínfimos insucessos em grandiosas vitórias. Se for necessário iludir-se, para sentir-se feliz, iluda-se.
Os sisudos pensadores, que põem pose de realistas e que assumem ares de sumamente racionais, também se iludem, embora neguem e se irritem quando alguém lhes faz essa observação. Todos, de uma forma ou de outra, nos iludimos. Afinal, como diz a letra da canção que serve como um dos temas da novela “Viver a vida”, da Rede Globo: “a vida é uma grande ilusão”. E não é? Da minha parte, acho bom que o seja.
Faça planos, muitos e ousados, mas não se esqueça deles tão logo termine este período de festas, já na segunda-feira. Empenhe-se na sua concretização. E, se não conseguir, não se aborreça e nem se diminua. Milhões de pessoas, muitas das quais muito mais bem preparadas do que você, também planejam e pouquíssimas conseguem sucesso no que planejaram.
Se as coisas não deram certo, faça o seguinte: no próximo final de ano, faça um criterioso balanço da sua conduta e busque descobrir em qual (ou quais se for o caso) ponto você falhou. Refaça seu plano para o ano seguinte e volte a empenhar-se por sua concretização. Faça isso quantas vezes, ou quantos anos, isso for necessário.
Mas nunca se desespere com o que você pode interpretar como fracasso. Às vezes nem é. E mesmo que for, você ficará ainda no lucro: terá encontrado motivação para viver bem e por um período muito extenso da sua vida, quiçá por ela inteira. E isso, caro amigo, mesmo que você discorde, ou relute em concordar, significará um ganho imenso. É algo que não tem preço.
Li, recentemente, um texto de Johann Wolfgang von Goethe, que cabe como uma luva para ilustrar o que quero transmitir nesta passagem de ano. O gênio literário alemão observou em determinado trecho: “Se tomardes a vida com excessiva severidade, que atração tem? Se a manhã não vos convidar a novas alegrias e se à noite não esperardes nenhum prazer, valerá a pena vestir-se e despir-se?”. Pois é, amigo, responda com sinceridade: valerá a pena? Claro que não!
Estenda essa suavidade em encarar a vida para todos os dias, sem exceção, do ano que se inicia. Vá mais longe. Não tema em ser exagerado. Adote essa conduta não apenas para o novo ano, mas para todos os que vier a viver. Motive-se e seja feliz!!!
Pedro J. Bondaczuk
A passagem de um ano para outro é sempre o momento oportuno para fazermos um balanço dos 365 dias que terminaram e apurar qual foi o saldo, se positivo ou negativo. Caso estejamos com saúde e festejando o instante com a família, os amigos e até com estranhos, em casa, num clube ou na praia, numa dessas tantas festas de reveillon, será um ótimo sinal. Ou seja, será segura indicação que, por mais fracassos e desilusões que tenhamos eventualmente experimentado, o saldo do ano que passou foi positivo.
Em geral, não atentamos para isso e não valorizamos esse aspecto. Queremos, muitas vezes, o que está absolutamente fora do nosso alcance, além das nossas forças e capacidades, e nos frustramos. Consideramo-nos perdedores inveterados, sem atentar para a infinidade de vitórias que obtivemos que, somadas, compõem um êxito imenso, sem tamanho.
Carecemos de motivação para encarar o novo ano, mas torcendo para que seja um de muitos. Afinal, por mais amargos e pessimistas que sejamos, tememos a morte. E com razão. Apegamo-nos a tudo o que possa sugerir, mesmo que de longe, “sorte”. Fazemos simpatias caseiras de toda a espécie, recorremos ao horóscopo na tentativa de antecipar sucessos e alegrias, enfim, trocamos votos e juras de amizade, eufóricos e esperançosos. É errado proceder assim? Claro que não!
Errado é apostar na desgraça e na infelicidade. É começarmos um novo ano com coração e mente repletos de dúvidas e de temores. É não vermos alegrias e nem graça nenhuma na vida. É encararmos o mundo como um vale de lágrimas, de violência, sofrimento e dores, sem sequer atentarmos para o fato de que bilhões de pessoas ao redor do Planeta têm motivos reais para a amargura e o desespero.
Milhões não têm sequer o que comer, nem abrigo seguro, vivendo em acampamentos de refugiados. Milhares e milhares estão encerrados em leitos de hospitais, ou em prisões, ou em asilos e orfanatos e vai por aí afora. Estes sim têm motivos de sobra para lamentar e se desesperar. E, ainda assim, boa parte dessas pessoas, não importa quantas, não abre mão da esperança.
Pense nisso, amigo, antes de desfiar um rosário de lamentações por causa de pequenos fracassos, que sequer são definitivos e ademais têm reversão. Motive-se. Aceite o desafio da vida e transforme esses ínfimos insucessos em grandiosas vitórias. Se for necessário iludir-se, para sentir-se feliz, iluda-se.
Os sisudos pensadores, que põem pose de realistas e que assumem ares de sumamente racionais, também se iludem, embora neguem e se irritem quando alguém lhes faz essa observação. Todos, de uma forma ou de outra, nos iludimos. Afinal, como diz a letra da canção que serve como um dos temas da novela “Viver a vida”, da Rede Globo: “a vida é uma grande ilusão”. E não é? Da minha parte, acho bom que o seja.
Faça planos, muitos e ousados, mas não se esqueça deles tão logo termine este período de festas, já na segunda-feira. Empenhe-se na sua concretização. E, se não conseguir, não se aborreça e nem se diminua. Milhões de pessoas, muitas das quais muito mais bem preparadas do que você, também planejam e pouquíssimas conseguem sucesso no que planejaram.
Se as coisas não deram certo, faça o seguinte: no próximo final de ano, faça um criterioso balanço da sua conduta e busque descobrir em qual (ou quais se for o caso) ponto você falhou. Refaça seu plano para o ano seguinte e volte a empenhar-se por sua concretização. Faça isso quantas vezes, ou quantos anos, isso for necessário.
Mas nunca se desespere com o que você pode interpretar como fracasso. Às vezes nem é. E mesmo que for, você ficará ainda no lucro: terá encontrado motivação para viver bem e por um período muito extenso da sua vida, quiçá por ela inteira. E isso, caro amigo, mesmo que você discorde, ou relute em concordar, significará um ganho imenso. É algo que não tem preço.
Li, recentemente, um texto de Johann Wolfgang von Goethe, que cabe como uma luva para ilustrar o que quero transmitir nesta passagem de ano. O gênio literário alemão observou em determinado trecho: “Se tomardes a vida com excessiva severidade, que atração tem? Se a manhã não vos convidar a novas alegrias e se à noite não esperardes nenhum prazer, valerá a pena vestir-se e despir-se?”. Pois é, amigo, responda com sinceridade: valerá a pena? Claro que não!
Estenda essa suavidade em encarar a vida para todos os dias, sem exceção, do ano que se inicia. Vá mais longe. Não tema em ser exagerado. Adote essa conduta não apenas para o novo ano, mas para todos os que vier a viver. Motive-se e seja feliz!!!
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