Como as comunicações via satélite e a telefonia celular reduziram o Planeta à aldeia global apregoada por Marshall McLuhan, temos, em âmbito ampliado, situação idêntica à da França de julho de 1789. A fome, o desemprego, a falta de perspectivas de vida atormentam severamente a dois terços da humanidade, enquanto o um terço restante segue, estupidamente, incensando o “bezerro de ouro”. O nosso tempo, aliás, é o das grandes contradições. Nunca se falou tanto em direitos humanos e jamais eles foram tão desrespeitados. Basta que se leia os relatórios da Anistia Internacional para que se inteire da sucessão de taras e de tarados que dão vazão, impunemente, aos seus desvios, aprisionando, torturando e matando semelhantes, usando, invariavelmente, como pretexto a defesa da “liberdade” e da “democracia”. Ou seja, lançando mão de duas palavrinhas tão prostituídas que até chegaram a perder o real sentido.
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