Pedro J. Bondaczuk
A felicidade é uma condição ambígua, que comporta múltiplas interpretações, sem que se chegue, jamais, a um consenso. Já escrevi, sem exagero, uma centena de crônicas a respeito, sem, todavia, chegar a alguma conclusão definitiva. Creio que ninguém chegou. Quem é feliz, por exemplo, quase sempre sequer tem consciência desse estado de felicidade. E nem é necessário. Quem não é... busca-a pelos mais estranhos caminhos e em geral se frustra. Cada qual, todavia, tem que a encontrar pelos próprios meios.
Perguntaram-me, certa ocasião: “Existe alguma receita infalível para uma vida útil, produtiva e feliz?” Respondi, sem pestanejar (mas baseado, claro, apenas na experiência pessoal): “Sim, existe”. Todavia, embora pareça simples e óbvia, não é tão fácil assim de ser posta em prática. Por que? Por causa da nossa tendência de complicar todas as coisas.
A simplicidade nos assusta e gera desconfiança de que, se as coisas parecem (ou são) muito simples, há algo de errado com elas, mesmo, e principalmente, que não haja. O mais prático e lógico é tratar cada dia como se fosse miniatura de uma vida. Ou seja, que tenha começo, meio e fim.
O ontem e o amanhã devem ser completamente ignorados e permanecer em compartimentos estanques e indevassáveis. Nosso empenho no novo dia deve ser o máximo, total e absoluto, como se nascêssemos ao nascer do sol e viéssemos a morrer no seu ocaso.
Tudo o que fizermos, seja lá o que for, tem que ser feito da melhor forma que soubermos, indo, para isso, ao limite das nossas forças e capacidades, caso se faça necessário. Por isso, não devemos deixar pendências para amanhã. Tudo o que tiver que ser resolvido, tem que o ser nestas 24 horas e apenas nelas.
No dia seguinte, a receita é exatamente a mesma. E isso tem que ser repetido por todos os anos da nossa vida, sem nenhuma exceção. Mas você conhece quem aja dessa maneira? Eu não conheço! E, no entanto, esse procedimento é para lá de óbvio.
O mal é que, não apenas deixamos assuntos pendentes, de um dia para o outro, como levamos para ele os erros e bobagens cometidos na véspera, quando o sensato seria esquecê-los de vez, apagá-los por completo, como se jamais tivessem sido cometidos.
Há como se recuperar de um grande fracasso, desses imensos que nos tornam, aos olhos do mundo, irremediavelmente derrotados? Há como absorver grandes perdas pessoais, de parentes, amigos e da pessoa amada? Há como recuperar o tempo perdido e, em idade relativamente avançada, fazer o que não se fez na juventude, estudar, cursar universidade e adquirir profissão que dê prestígio e, sobretudo, prazer?
A resposta para todas essas questões é sim!!! Não seremos os primeiros (e, provavelmente, também, não os últimos) a agir assim. Muitos e muitos já fizeram isso e com sucesso. Claro que esse recomeço diário exige perseverança, fé, autodisciplina e coragem. Enquanto há vida, todavia, sempre há esperança de um “renascimento” da alma.
Há pessoas que são absolutamente felizes por nada e outras, por seu turno, têm tudo o que alguém possa aspirar e são “poços” de infelicidade. Por que? Porque a felicidade é uma predisposição íntima, uma condição espiritual favorável, um estado de satisfação interior que não depende de nada e ninguém para se instalar em nossas vidas.
Para sermos felizes, temos de “querer” sê-lo, mas com a máxima intensidade, de coração e alma abertos, sem atentar para o que fomos, somos ou poderemos vir a ser ou para o que temos e com quem estamos. Claro que não sou o dono da verdade e posso, perfeitamente, estar equivocado a respeito. Escrevo, porém, com base, exclusivamente, na minha experiência pessoal. E asseguro que, na maior parte do tempo, sou feliz! Por que? Porque quero!
O filósofo norte-americano, Ralph Waldo Emerson, resume essa “receita” de bem viver da seguinte forma: “Termine cada dia e largue-o. Você fez o que pôde. Sem dúvida alguns erros e disparates se insinuaram nele; esqueça-os o mais depressa que puder. Amanhã é um novo dia; comece-o bem e serenamente e com o ânimo bastante alto para não se deixar estorvar por suas tolices passadas”. Que tal tentarmos viver dessa forma?
A felicidade é uma condição ambígua, que comporta múltiplas interpretações, sem que se chegue, jamais, a um consenso. Já escrevi, sem exagero, uma centena de crônicas a respeito, sem, todavia, chegar a alguma conclusão definitiva. Creio que ninguém chegou. Quem é feliz, por exemplo, quase sempre sequer tem consciência desse estado de felicidade. E nem é necessário. Quem não é... busca-a pelos mais estranhos caminhos e em geral se frustra. Cada qual, todavia, tem que a encontrar pelos próprios meios.
Perguntaram-me, certa ocasião: “Existe alguma receita infalível para uma vida útil, produtiva e feliz?” Respondi, sem pestanejar (mas baseado, claro, apenas na experiência pessoal): “Sim, existe”. Todavia, embora pareça simples e óbvia, não é tão fácil assim de ser posta em prática. Por que? Por causa da nossa tendência de complicar todas as coisas.
A simplicidade nos assusta e gera desconfiança de que, se as coisas parecem (ou são) muito simples, há algo de errado com elas, mesmo, e principalmente, que não haja. O mais prático e lógico é tratar cada dia como se fosse miniatura de uma vida. Ou seja, que tenha começo, meio e fim.
O ontem e o amanhã devem ser completamente ignorados e permanecer em compartimentos estanques e indevassáveis. Nosso empenho no novo dia deve ser o máximo, total e absoluto, como se nascêssemos ao nascer do sol e viéssemos a morrer no seu ocaso.
Tudo o que fizermos, seja lá o que for, tem que ser feito da melhor forma que soubermos, indo, para isso, ao limite das nossas forças e capacidades, caso se faça necessário. Por isso, não devemos deixar pendências para amanhã. Tudo o que tiver que ser resolvido, tem que o ser nestas 24 horas e apenas nelas.
No dia seguinte, a receita é exatamente a mesma. E isso tem que ser repetido por todos os anos da nossa vida, sem nenhuma exceção. Mas você conhece quem aja dessa maneira? Eu não conheço! E, no entanto, esse procedimento é para lá de óbvio.
O mal é que, não apenas deixamos assuntos pendentes, de um dia para o outro, como levamos para ele os erros e bobagens cometidos na véspera, quando o sensato seria esquecê-los de vez, apagá-los por completo, como se jamais tivessem sido cometidos.
Há como se recuperar de um grande fracasso, desses imensos que nos tornam, aos olhos do mundo, irremediavelmente derrotados? Há como absorver grandes perdas pessoais, de parentes, amigos e da pessoa amada? Há como recuperar o tempo perdido e, em idade relativamente avançada, fazer o que não se fez na juventude, estudar, cursar universidade e adquirir profissão que dê prestígio e, sobretudo, prazer?
A resposta para todas essas questões é sim!!! Não seremos os primeiros (e, provavelmente, também, não os últimos) a agir assim. Muitos e muitos já fizeram isso e com sucesso. Claro que esse recomeço diário exige perseverança, fé, autodisciplina e coragem. Enquanto há vida, todavia, sempre há esperança de um “renascimento” da alma.
Há pessoas que são absolutamente felizes por nada e outras, por seu turno, têm tudo o que alguém possa aspirar e são “poços” de infelicidade. Por que? Porque a felicidade é uma predisposição íntima, uma condição espiritual favorável, um estado de satisfação interior que não depende de nada e ninguém para se instalar em nossas vidas.
Para sermos felizes, temos de “querer” sê-lo, mas com a máxima intensidade, de coração e alma abertos, sem atentar para o que fomos, somos ou poderemos vir a ser ou para o que temos e com quem estamos. Claro que não sou o dono da verdade e posso, perfeitamente, estar equivocado a respeito. Escrevo, porém, com base, exclusivamente, na minha experiência pessoal. E asseguro que, na maior parte do tempo, sou feliz! Por que? Porque quero!
O filósofo norte-americano, Ralph Waldo Emerson, resume essa “receita” de bem viver da seguinte forma: “Termine cada dia e largue-o. Você fez o que pôde. Sem dúvida alguns erros e disparates se insinuaram nele; esqueça-os o mais depressa que puder. Amanhã é um novo dia; comece-o bem e serenamente e com o ânimo bastante alto para não se deixar estorvar por suas tolices passadas”. Que tal tentarmos viver dessa forma?
1 comment:
Concordo. O segredo é simples assim: viver um dia de cada vez.
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