Somos dotados de certa magia, de algumas peculiaridades que nos distinguem e caracterizam. Encaramos o mundo de forma diferente dos demais, particular, só nossa, com nuances próprias, embora não consigamos expressar essas particularidades em palavras. Enxergamos não somente com os olhos, mas com o corpo (através do tato) e, em especial, a mente, mediante o poderoso instrumento da imaginação. Daí não ser correto falar em realidade, já que não existe uma única, igual para todos. Tudo é questão de ponto de vista. Enxergamos coisas e pessoas sob prismas diferentes dos demais. Podem até ser semelhantes, mas não são iguais. O poeta Hélio Soares Pereira conclui, com estes versos, seu poema “Caminheiro da procura”: “Olhos do corpo/olhos da mente/nessa oficina de idéias/a luz é um ponto de vista/que mistura as cores aos sabores/e ilusões.//E o brilho da noite/ou o brilho do dia/depende da magia/que existe em nós”.
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