Não há demérito algum, ao contrário do que muitos pensam, em se imitar pessoas dignas de imitação. A rigor, passados 13 mil anos de civilização, com milhares e milhares de gerações se sucedendo, é absolutamente impossível sermos originais. Todos nossos atos e pensamentos, dos mais simples aos mais complexos, são imitados. Desde as primeiras palavras que balbuciamos, dos primeiros passos, das coisas mais triviais que aprendemos, imitamos alguém. O problema é o modelo. Por exemplo, entre Hitler e São Francisco de Assis, é óbvio quem deve nos servir de parâmetro, não é mesmo? Devemos imitar quem de fato mereça imitação, por seus atos e idéias. E muitos, dos que consideramos (com justiça) “gigantes da espécie”, a merecem. O filósofo alemão, Theodore Adorno, escreveu o seguinte a respeito: “O humano estabelece-se na imitação: um homem torna-se um homem apenas imitando outro homem”.
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